Há falta de efetivos da GNR no concelho e não há, neste momento, agentes da autoridade para «ordenar os fluxos de trânsito nem para fazer valer a ordem e paz, sempre que a mesma fica ameaçada» na Praia de Faro, denunciou a Câmara farense.
Rogério Bacalhau, presidente da autarquia, pediu esta terça-feira ao Governo que, «de uma vez, sejam tomadas medidas que permitam termos mais agentes no nosso concelho, em particular nas zonas balneares e nos espaços rurais».
Este apelo consta de um ofício enviado esta terça-feira pelo edil farense ao ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, cujo teor foi tornado público pela Câmara de Faro.
A autarquia farense diz que as queixas que tem recebido da população «são numerosas e quase todas justificadas» e que «não há memória de uma situação tão desoladora. Não se vê um agente no acesso à zona balnear, nem nas horas de maior demanda».
Desta forma, Rogério Bacalhau pediu «a tomada de medidas urgentes, em nome da segurança dos nossos concidadãos», não apenas nas praias, mas também em zonas periféricas, «junto dos nossos idosos e das populações rurais, tantas vezes sós e à mercê do infortúnio».
O edil farense aproveitou para lançar algumas criticas ao Governo. «A GNR, cuja deslocalização do Comando Distrital para outro concelho o senhor ministro entendeu patrocinar e caucionar, decisão política pela qual V.Exa. será o único responsável, não tem neste momento capacidade para dar resposta em todas as áreas da sua jurisdição».
«Sem prejuízo das autoridades se mostrarem disponíveis e cooperarem, nós entendemos que se exige uma operação de outra envergadura e sensibilidade», considerou Rogério Bacalhau.
O autarca também chamou a atenção para a necessidade das Câmaras e as forças vivas de cada região serem ouvidas na hora de montar os dispositivos de segurança, «o que, uma vez mais, não aconteceu em momento nenhum da preparação do plano para este Verão».
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