Golfinho de resíduos de plástico põe Portimão a “Ouvir o Oceano”

Escultura é de B.J.Boulter

Uma escultura de um golfinho com oito metros, totalmente construída com resíduos de plástico, vai colocar todos a “Ouvir o Oceano” no Museu de Portimão, a partir de dia 13 e até 25 de Agosto.

Esta peça da artista B.J.Boulter «é uma forma de chamar a atenção e transmitir uma forte mensagem para a necessidade de proteger a beleza e a pureza dos oceanos, evitando a sua degradação e, em especial, através de materiais e embalagens de plástico», segundo a Câmara de Portimão.

«Estas representam uma real ameaça de extinção de muitas espécies de peixes, crustáceos, mamíferos, tartarugas e recifes, pela poluição que provocam. Esta escultura, simbolizando uma dessas espécies, o golfinho, lembra-nos a necessidade não só de pensarmos mas também de agirmos todos os dias para salvar o oceano, evitando a sua contaminação», acrescentou a autarquia.

A ideia de criar esta escultura surgiu após uma viagem da autora da obra a Durban, na África do Sul, onde B.J.Boulter observou «um mar bonito e chocante», polvilhado de plásticos.

«A artista sublinha que o trabalho surge numa época em que a sociedade começa a reagir sobre a ideia de que o tempo se está a esgotar, e de que algo deve ser feito, relativamente ao ambiente», ilustra a autarquia.

«Atualmente, uma média de 8 biliões de quilos são despejados por ano e se este autêntico desastre ambiental não for travado estima-se, segundo a National Geographic Society, que até 2050 o plástico ultrapasse o peso de todos os peixes no mar».

O mar é o tema da programação temporária deste Verão, no Museu Municipal de Portimão.

No dia 6 de Junho foi inaugurada a mostra “Aquarius”, de Brigitte von Humblot. A 24 de Agosto, será inagurada a exposição “Luz de Mulher – Sorolla 100 anos depois”, «através da qual 21 mulheres, pintoras de Ayamonte, evocam a obra “A Pesca do Atum”, pintada em 1919, naquela cidade espanhola, por Joaquín Sorolla».

 

Sobre B.J.Boulter:

Bárbara Jane Boulter (B.J.Boulter) é artista e designer de produção de filmes aposentada. A artista chegou ao Algarve em 1962, quando os pais britânicos adquiriram a Residencial Pinguim, na Praia da Rocha. Ela nasceu na Tanzânia, na infância viveu no Quénia, onde o pai coordenou a construção de uma ferrovia.

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