Alunos de Loulé e Beja aprendem com quem sabe o que é “Ser Artista em Portugal”

Projeto visa «promover a ideia de que alguém que opte pela via artística tem um percurso possível que pode ser de sucesso»

Alunos do 3º ciclo de Loulé e Beja vão ouvir de viva voz as experiências de quem vive da arte, no âmbito do projeto “Ser Artista em Portugal”, que vai levar escritores, cineastas, músicos, artistas plásticos, bailarinos, coreógrafos, atores ou encenadores a cinco escolas do país.

A primeira sessão do projeto acontece na quinta-feira, dia 30, na Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, às 10h00, e contará com a presença do cartoonista Nuno Saraiva.

No concelho de Loulé, o local escolhido foi Escola Básica Prof. Sebastião José Pires Teixeira, em Salir, que em Março irá acolher um artista ainda a designar. Pelo meio, o “Ser Artista em Portugal” passará em Portalegre, Alfandega da Fé e Oliveira do Hospital.

Este projeto, promovido pelo Centro Nacional de Cultura, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares e com o Alto Patrocínio do Presidente da República e o apoio da revista Egoísta, «visa promover um ciclo de conversas sobre arte em escolas com estudantes do terceiro ciclo, antes do momento da escolha das áreas de preferência, no Secundário».

Os artistas convidados vão «mostrar o seu trabalho, falar do seu percurso, promover a ideia de que alguém que opte pela via artística tem um percurso possível que pode ser de sucesso», explica o Centro Nacional de Cultura.

Todas as conversas serão filmadas (em plano único para o artista) e promovidas posteriormente nas redes sociais do CNC e Egoísta, «ao mesmo tempo que devem constituir, no fim de um ciclo, um filme com as palestras integradas».

«Propomos que o projeto que agora iniciamos mantenha o nome do colóquio organizado em 1998 pelo Centro Nacional de Cultura, nas suas instalações, porque tem na raiz objetivos semelhantes: debater as condições a criar para que a sociedade possa usufruir da mais-valia que os artistas lhe podem trazer. O nosso pressuposto mantém-se: é não só dever da sociedade, mas também seu interesse, apoiar os seus artistas», acrescenta o Centro Nacional de Cultura.

«Mantém-se nos dias de hoje uma tendência conservadora em muitos locais que consiste em dar prioridade à proteção do património relativamente à proteção da criação viva. É preciso, no entanto, não esquecer que os artistas de hoje são o património de amanhã. É por isso que este projeto pode ajudar a reconhecer na nossa política de educação e cultural o papel fundamental que desempenha a criação artística contemporânea como fator de coesão e de progresso», conclui a mesma entidade.

Comentários

pub