Loulé vai ter uma nova médica veterinária municipal, que entrará em funções antes do final do ano, segundo confirmação dada pela Câmara ao partido PAN (Pessoas-Animais-Natureza).
Segundo o PAN, o vereador Abílio Sousa confirmou que Vítor Aleixo, presidente da Câmara, manifestou ainda vontade de fazer um novo canil, «sobretudo agora que o Canil Intermunicipal do Algarve falhou», mas «existem dificuldades em encontrar um terreno» para construir a nova infraestrutura.
O PAN, em comunicado, diz que visitou o Canil Municipal de Loulé nas vésperas da implementação da nova Lei n.º 27/2016, de 23 de Agosto, «que estabelece a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população, privilegiando a esterilização e as campanhas de adoção».
De acordo com as informações fornecida por Paulo Pina, médico veterinário municipal, o Município de Loulé tem promovido políticas de esterilização e colocação de microchips gratuitos aos animais de colónias identificadas como tendo «cuidadores responsáveis».
Segundo estas informações, foram feitas mais de 300 operações no espaço de um ano que têm contribuído para que os animais sejam adotados sem recorrer a abates. Os animais são assim entregues gratuitamente já esterilizados, vacinados, com microchip e devidamente registados, após assinatura de termo de responsabilidade.
Rosa de Sousa, membro do PAN de Loulé, insiste na «necessidade de serem criados mecanismos de controlo e registo de modo eletrónico de todos os animais, desde a entrada até à saída do canil, com a publicação da respetiva foto e informação de perfil na página on-line do mesmo».
Respondendo a este apelo do PAN, Abílio Sousa disse «que o município ainda não está preparado a nível técnico, mas criará as condições para que isso aconteça muito em breve», segundo o PAN.
O médico veterinário municipal reconhece ser esse o caminho para o futuro, mas acrescenta que as leis por si só não mudam as coisas, será necessária mais fiscalização.
Paulo Baptista, comissário político nacional do PAN, considera que «foram dados alguns passos relevantes, mas é fundamental um espaço maior para os animais, com zonas de exercício para que possam viver em condições condignas e que lhes permitam dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e ecológicas, devendo permitir não só a prática de exercício físico como o refúgio se sujeitos a agressão por parte de outros animais».
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