Seis movimentos independentes (ou nem por isso) candidatam-se às Câmaras algarvias

Seis movimentos independentes, ou grupos de cidadãos eleitores, estão a candidatar-se a outras tantas Câmaras Municipais do Algarve, nas Eleições […]

Seis movimentos independentes, ou grupos de cidadãos eleitores, estão a candidatar-se a outras tantas Câmaras Municipais do Algarve, nas Eleições Autárquicas do próximo domingo, dia 1 de Outubro.

Em Vila do Bispo, o movimento «Vila do Bispo tem Futuro» é encabeçado por Fernando Cortes, que até é o chefe da repartição de Finanças local. Trata-se, na verdade, de um social-democrata descontente com o seu partido, depois de o PSD ter dado guarida a Afonso Nascimento, que, em 2013, se tinha candidatado e sido eleito vereador pelo PS, mas que depois se zangou com Adelino Gomes, o presidente da Câmara, socialista, que se recandidata.

O processo da candidatura pelos social-democratas de Afonso Nascimento foi decidido pela Distrital do partido e criou muitas divisões nas hostes laranja no concelho. Além de ter surgido a candidatura de Fernando Cortes, à frente do movimento «Vila do Bispo tem Futuro», em Sagres, Luís Paixão, o atual presidente da Junta de Freguesia, eleito pelo PSD em 2013, também se afastou do partido e agora candidata-se pelo movimento «Paixão por Sagres».

Em Castro Marim, também foi de divisões internas dos social-democratas que surgiu uma candidatura de cidadãos, denominada «Castro Marim Primeiro» e chefiada por José Estevens. Mas aqui a história foi outra.

É que o PSD, a nível nacional, definiu a regra de voltar a apoiar a candidatura de quem já era presidente da Câmara, como é o caso do atual edil de Castro Marim, Francisco Amaral.

Ora, Estevens, que tinha sido presidente da mesma autarquia até 2013, mas não se pôde recandidatar nesse ano àquela Câmara por limite de mandatos (candidatou-se ao vizinho concelho de Tavira, mas perdeu), queria agora voltar a ser o cabeça de lista em Castro Marim. O PSD Nacional não aceitou e Francisco Amaral recandidata-se. Isso levou Estevens a demitir-se do seu partido de sempre e a avançar com uma candidatura dita independente.

Em Monchique, João Vairinhos Duarte é o candidato à frente do movimento «Cidadãos por Monchique». Se é verdade que o candidato nunca se tinha envolvido em campanhas eleitorais, não é menos verdade que o seu pai foi vereador daquela Câmara, eleito pelo PS. E que é sobrinho de Joaquim Vairinhos, que foi presidente da Câmara de Loulé, também eleito pelo PS.

Mas este movimento independente surgiu, segundo o «Cidadãos por Monchique», «da necessidade que diversas pessoas do concelho de Monchique sentiram em criar alternativas aos partidos atualmente existentes».

A candidatura independente «Olhão pelo Cidadão Movimento» apresentou uma lista encabeçada por Rui Santos à Câmara Municipal de Olhão. O grupo de cidadãos estreia-se nestas eleições e só se candidata a este órgão municipal, nas Autárquicas de dia 1 de Outubro.

Por seu lado, em Lagos, o atual vereador Luís Barroso volta a encabeçar a lista do movimento «Lagos com Futuro» à Câmara Municipal.

A candidatura independente, que nas eleições de 2013 conseguiu eleger Barroso como vereador e diversos membros para os restantes órgãos autárquicos, também apresenta de novo listas à Assembleia Municipal (cuja cabeça de lista é Ana Margarida Martins) e às Juntas de Freguesia de São Gonçalo (Joaquim Pedro Cruz), Luz (Fernando Ildefonso), Odiáxere (José Vieira) e Bensafrim e Barão de São João (Cristina Marreiros). A mandatária da candidatura independente é a radialista Fátima Peres.

E finalmente, em Faro, há Humberto Correia, o Candidato do Amor, com a sua «Campanha do Amor». O antigo emigrante em França e pintor de rua quer agora ser eleito para a Câmara de Faro, único órgão ao qual o seu movimento independente se candidata.

 

 

Clique aqui para conhecer, no nosso mapa interativo, todos os candidatos às Eleições Autárquicas nos 16 municípios do Algarve

 

 

Comentários

pub