Municípios exigem a suspensão imediata das demolições na Ria Formosa

Os municípios algarvios querem a suspensão imediata das demolições nas ilhas-barreira da Ria Formosa. Na reunião de ontem à tarde […]

Foto Carlos Filipe de Sousa
Foto Carlos Filipe de Sousa

Os municípios algarvios querem a suspensão imediata das demolições nas ilhas-barreira da Ria Formosa. Na reunião de ontem à tarde da AMAL, os autarcas, por unanimidade,«deliberaram exigir e apresentar ao Governo um pedido de suspensão imediata do plano de demolições previsto para os núcleos dos Hangares e Farol, na Ilha da Culatra».

Além disso, a AMAL pede «a “clarificação de objetivos” da Sociedade POLIS». 

«A prorrogação da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa por mais um ano, a recente afirmação do ministro do Ambiente referente à ação do Governo que parece pouco diferir da postura do anterior elenco governativo, bem como outros sinais “pouco tranquilizadores” quanto ao programa de demolições, estão na origem desta tomada de posição por parte dos municípios algarvios», explica a AMAL.

Jorge Botelho
Jorge Botelho – Presidente da AMAL

Os autarcas exigem «confirmações concretas sobre os objetivos e o plano de atuação da Sociedade, admitindo suspeitar da permanência da intenção de demolir todo o edificado, incluindo os aglomerados dos Hangares e Farol Nascente, implantados em áreas sem ação direta do mar».

Para além do pedido de suspensão das demolições, as autarquias algarvias decidiram «reiterar a proposta, não aceite pelo anterior Governo, de concessão a Faro do domínio público das áreas análogas a aglomerados urbanos das ilhas-barreira, permitindo que o Município de Faro administre aqueles territórios, no melhor interesse das populações, à semelhança, de resto, do que foi autorizado em Olhão aquando da renovação da concessão da Ilha da Armona».

 

Por fim, os 16 municípios algarvios querem «que se proceda à avaliação da adequação dos planos e instrumentos de gestão territorial sobre a área da Ria Formosa, tendo em conta o equilíbrio entre os recursos naturais sob proteção e o valor económico e cultural dos núcleos populacionais».

Segundo a AMAL, urgem explicações, uma vez que se instalou «um sentimento de incerteza entre as populações residentes nas chamadas ilhas-barreira em que muitas das edificações em risco de demolição correspondem a prédios inscritos na matriz. Para além disso, as medidas de proteção do património natural da Ria Formosa devem, em paralelo, defender o património e os interesses das comunidades residentes, que em muitos casos vivem dos recursos da própria Ria Formosa».

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