Historiadora e antigo mineiro de Loulé recordam primeira greve após o 25 de Abril

Raquel Varela, uma das mais brilhantes historiadoras e críticas sociais portuguesas, conhecida por dar voz aos que não têm voz, […]

Raquel Varela, uma das mais brilhantes historiadoras e críticas sociais portuguesas, conhecida por dar voz aos que não têm voz, está em Loulé, no Auditório da Biblioteca Municipal, esta sexta-feira (20), pelas 21h30, em mais uma sessão dos Discursos Diretos, série de intervenções que traz ao Algarve escritores e ensaístas com obra de referência no País.

Raquel Varela participa ainda, nesta mesma sexta-feira (20), pelas 15h30, no Quadro de Honra da Academia Sénior de Vilamoura.

A mais recente obra de Raquel Varela, «História do Povo na Revolução Portuguesa, 1974-75», gerou intensa polémica e obrigou a repensar esse período fundamental da História Contemporânea Portuguesa.

A historiadora é apresentada por Ivone Ferreira e terá, a seu lado, o antigo mineiro louletano Otílio Bengalinha, um dos protagonistas daquela que foi a primeira greve levada a cabo, sem receio de repressão logo após o 25 de Abril, greve que ocorreu precisamente nas Minas de Sal-gema, em Loulé.

Outros antigos mineiros e testemunhas diretos estarão também presentes na sessão.

Raquel Varela é investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena o Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais, e investigadora do Instituto Internacional de História Social, de Amesterdão, onde coordena o projeto internacional In the Same Boat? Shipbuilding and ship repair workers around the World (1950-2010).

É também coordenadora do projeto História das Relações Laborais no Mundo Lusófono.

Doutora em História Política e Institucional (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa), Raquel Varela exerce, desde 2011, as funções de presidente da International Association Strikes and Social Conflicts, e é vice-coordenadora da Rede de Estudos do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal. É ainda coordenadora da importante revista académica Workers of the World, International Journal on Strikes and Social Conflits.

É ainda membro do Board of Trustees do ITH – International Conference of Labour and Social History (Viena, Áustria) e da Asociacion Historiadores del Presente.

Da sua já vasta obra publicada, destacam-se os títulos de que é autora ou coordenadora, Quem paga o Estado Social em Portugal? (Bertrand, 2012), História da Política do PCP na Revolução dos Cravos (Bertrand, 2011), Revolução ou Transição? História e Memória da Revolução dos Cravos (Bertrand, 2012), Greves e Conflitos Sociais no Portugal Contemporâneo (Colibri, 2012), e O Fim das Ditaduras Ibéricas (1974-1978) (Centro de Estudios Andaluces/ Edições Pluma, 2010).

Ensaios e artigos de Raquel Varela estão também publicados em revistas nacionais e internacionais com arbitragem científica como a Revista Brasileira de História, Hispania, XX Century Communism, Revolutionary Russia, Historia del Presente, Revista Espacio, Tiempo y Forma, e Análise Social.

As áreas de investigação em que Raquel Varela é referência incontornável são a História Global do Trabalho, História do Estado Social, História dos movimentos sociais na Península Ibérica, História do movimento operário português, e História da Revolução de 25 de Abril de 1974.

 

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