Tráfego na Via do Infante voltou a crescer entre Outubro e Dezembro de 2013

O Tráfego Médio Diário na Via do Infante, no último trimestre de 2013, aumentou mais de 13 por cento (%) […]

O Tráfego Médio Diário na Via do Infante, no último trimestre de 2013, aumentou mais de 13 por cento (%) em relação ao mesmo período de 2012, algo que já tinha acontecido no trimestre anterior. Entre outubro e dezembro do ano passado, houve aumentos em quase todos os fluxos de passageiros e de veículos nos diversos modos de transporte, no Algarve, segundo o Boletim «Mobilidade e transportes» da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

O crescimento dos TMD na A22, para os 6.324 veículos por dia, terá tido a ajuda de um melhor desempenho do setor turístico, como parecem apontar os indicadores relativos às duas principais vias de acesso rodoviárias à região.

No troço do IC1 que atravessa o Algarve, entre S. Bartolomeu de Messines e Tunes, o tráfego diário aumentou, em média, 14,7% no último trimestre de 2013, em relação aos eu homólogo de 2012, para 6626 veículos/dia.

Também houve um acréscimo na utilização da A2, ainda que numa percentagem bem inferior (5,4%, no torço entre Almodôvar e S.B.Messines, 5065 veículos diários).

No caso da A22 e da A2,a CCDR salienta que «os valores para o 4º trimestre de 2013 reforçam e consolidam as variações positivas observadas no trimestre anterior, que interromperam séries de 11 variações trimestrais homólogas negativas consecutivas, iniciadas no 4º trimestre de 2010». O referido troço do IC1, também vinha acumulando desempenhos homólogos negativos há 8 trimestres consecutivos.

O tráfego nos principais eixos rodoviários cresceu, mas a utilização dos transportes públicos rodoviários regionais (urbanos) e inter-regionais diminuiu (o que também pode ter ajudado à subida do tráfego nos principais eixos rodoviários). Este é o único setor que contraria a tendência generalizada de uma variação homóloga positiva, segundo o boletim.

O número de passageiros transportados nas ligações regionais urbanas foi aquele que mais se ressentiu. Entre outubro e dezembro de 2013, o número de passageiros transportados nestas carreiras decresceu em 21,8 por cento, em relação aos mesmos meses do ano anterior. Nas carreiras inter-urbanas regionais, a variação é positiva, mas residual (0,1%), ao contrário das linhas inter-regionais, que transportaram menos 6,7 por cento de passageiros que no ano anterior. As carreiras internacionais (Lagos-Sevilha), por outro lado, transportaram mais 9,8%v de passageiros que no trimestre homólogo de 2012.

Neste campo, a CCDRA destaca «a quebra acentuada do movimento das carreiras urbanas (superior a 20% neste trimestre, tal como em todos os trimestres de 2013), o crescimento positivo do movimento nas carreiras inter-urbanas (embora o seu valor seja muito reduzido é, ainda assim, a segunda vez nos últimos 24 trimestres em que não há decréscimo) e o decréscimo do movimento nas carreiras inter-regionais (que assim, neste trimestre, perde para o modo ferroviário do Longo Curso).

 

Ferrovia com mais passageiros

A Ferrovia foi mais utilizada no último semestre de 2013 do que havia sido nos mesmos 3 meses do ano anterior, tanto para deslocações regionais, como para entrar e sair do Algarve.

No sistema ferroviário regional, que liga Lagos a Vila Real de Santo António, foram transportados um total de 375.198 passageiros, o que significa um acréscimo de 12,7% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior.

O Longo Curso, que contempla as ligações dos serviços Alfa e Intercidades, movimentou um total de 117.691 passageiros, correspondendo a um crescimento homólogo de 11%.

«No caso do sistema regional, trata-se da segunda variação trimestral positiva consecutiva, particularmente importante pelo valor (12,7%) mas também porque reforça a inversão para valores positivos iniciada no trimestre anterior e porque permite concluir o ano com um valor global superior ao do ano anterior (2012). Quanto ao Longo Curso, o acréscimo de 11,0%, como no sistema regional, reforça a inversão para valores positivos iniciada no trimestre anterior e permite, igualmente, concluir o ano com um valor global superior ao do ano anterior», abnalisa a CCDRA.

Também nos transportes fluviais houve aumentos, não apenas no que toca à utilização das carreiras fluviais na Ria Formosa, mas também na ligação de travessia do Guadiana entre Ayamonte e VRSA. Este último caso, em que se registou uma variação homóloga positiva de 7,6 por cento, é o mais significativo, já que é apenas a segunda vez em 24 trimestres consecutivos que há crescimento.

No caso das carreiras fluviais da Ria Formosa, o número de passageiros voltou a aumentar, em relação ao mesmo período do ano anterior, desta vez em 13 por cento. A variação positiva registada no movimento na Ria Formosa retoma a variação homóloga positiva ocorrida nos 2 primeiros trimestres do ano, apenas interrompida no 3º trimestre (que, curiosamente, contempla o pico alto do verão).

O Boletim «Mobilidade e Transportes» da CCDRA continua a não ter dados do tráfego aéreo, devido à «decisão da ANA – Aeroportos de Portugal, SA, em suspender a autorização para a disponibilização da informação relativa aos indicadores “número de voos”, “passageiros transportados” e “passageiros transportados de/para aeroportos nacionais”», explicou a CCDRA.

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