Faltam 21 enfermeiros no Serviço de Medicina do Hospital de Lagos

Faltam 21 enfermeiros no serviço de Medicina do Hospital de Lagos, fazendo com que esse serviço esteja «à beira da […]

Faltam 21 enfermeiros no serviço de Medicina do Hospital de Lagos, fazendo com que esse serviço esteja «à beira da rutura», denuncia o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Dos 31 enfermeiros afetos àquele serviço, 10 estão de baixa ou licença de maternidade, «com consequências para os cuidados prestados aos utentes e restantes profissionais», acrescenta.

O que é mais estranho, sublinha o Sindicato, é que «a opção tomada para solucionar esta problemática foi o de reduzir o número de enfermeiros por turno! No turno da noite, de 4 enfermeiros escalados para 40 doentes, reduziram para 3, e esta noite, 28 de Março, prevê-se que apenas estejam 2! Ou seja, de um ratio de 1/10 doentes, “progredimos” para 1/20 doentes. Nem os “serviços mínimos” estão assegurados».

Por isso, o SEP considera que «as respostas com a qualidade e a segurança a que os doentes têm direito e que os enfermeiros devem prestar estão colocadas em causa», responsabilizando «os culpados» e exigindo que «seja o Ministro da Saúde a explicar aos familiares e utentes, estes com idades superiores a 75 anos e totalmente dependentes, que afinal não têm direito a cuidados de excelência».

O Sindicato acrescenta que «a carência de enfermeiros é uma realidade, como comprovam os dados do Sistema de Classificação de Doentes (ACSS): em 2011, não foram prestadas 36.775 horas de cuidados de enfermagem necessárias, o equivalente a 21 enfermeiros em falta».

Ou seja, «é o Ministério da Saúde que diz que a equipa de enfermagem deveria ter 50 enfermeiros, em vez dos atuais 20».

O Sindicato recorda ainda que em Setembro de 2013 alertou o ministro da Saúde, aquando da sua visita ao Centro Hospitalar do Algarve (CHA), «para a possibilidade de rutura que se tornava previsível».
Da parte do ministro Paulo Macedo, segundo os enfermeiros, «ficou o compromisso de reforçar o CHA, em concreto aquela unidade: “vamos ver essa situação da Medicina de Lagos”».

Mas «nada foi feito, pelo contrário! A equipa de enfermagem do serviço de Medicina do Hospital de Lagos está à beira da rutura».

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