O piloto algarvio Ruben Faria (KTM) terminou a 2ª etapa do Dakar2014 no 4º lugar e subiu ao 6º posto da geral de motos, sendo assim o melhor português do dia.
Ruben cumpriu os 359 quilómetros da especial entre San Luis e San Rafael, na Argentina, em 3:46.17 horas e ficou a 4.07 minutos do britânico Sam Sunderland (Honda), que venceu a tirada, à frente do chileno Francisco ‘Chaleco’ López, segundo mais rápido.
Paulo Gonçalves (Honda), campeão mundial de todo-o-terreno FIM, foi 8º na etapa e ocupa agora a 7ª posição da Geral, logo atrás de Ruben.
Mais afastados do pódio continuam Hélder Rodrigues (Honda), que foi o 15º classificado na etapa e segue no 17º posto de geral, Mário Patrão, 34º na etapa e 31 na Geral, Bianchi Prata (45º e 43º), Pedro Oliveira (49º, 47º) e Victor Oliveira (56º, 54º).
Na etapa desta segunda-feira, a caravana do Dakar encontrou não apenas pistas bastantes rápidas na fase inicial do dia, mas igualmente as primeiras dunas nesta edição do Dakar, mais concretamente as “dunas cinzentas” de Nihuil, já na segunda metade da especial.
“Foi um dia com muitas alterações em termos de piso. Começámos em velocidade elevada, encontrámos depois zonas de pedra e traçado mais sinuoso e cumprimos também os primeiros quilómetros em areia, na passagem pelas bonitas dunas cinzentas. Já sabia que seria um dia onde era importante assumir de alguma forma uma posição estratégica e depois de atacar na fase inicial enfrentei de forma mais confortável a zona de areia onde consegui ganhar igualmente terreno a alguns adversários», comentou Ruben Faria no final da etapa.
Amanhã, a terceira etapa do Dakar2014 será marcada pelo ingresso da caravana a percursos montanhosos, com a ligação entre San Rafael e San Juan, junto ao vulcão do Aconcagua, ainda em solo argentino, com uma especial de 373 quilómetros e um final sem assistência.
A caravana partirá cedo para passar a cerca de 4300 metros de altitude, através de pistas de alta montanha rumo a San Juan, para uma “especial” que terá 373 quilómetros cronometrados e mais 292 quilómetros de ligações.
Declarações:
Ruben Faria: “Foi um dia positivo e coloca-me numa boa posição de saída para o dia de amanhã onde voltamos a encontrar uma especial longa, com quase 400 quilómetros e onde vamos subir a mais de 4000 mil metros de altitude. Será também a primeira metade de uma etapa maratona e por isso será importante gerir o desgaste da moto”
Paulo Gonçalves: “Hoje tive uma boa hipótese para atacar e melhorar a minha posição inicial. A primeira parte da etapa correu muito bem, no entanto, na seção de dunas, sofri um problema com a minha moto, causado por um ‘bloqueio’ no arrefecimento, e perdi algum terreno. De qualquer forma, a posição à geral é muito boa depois de apenas dois dias de corrida, as diferenças nos tempos ainda são muito pequenas”
Mário Patrão: “O Dakar está a começar verdadeiramente, hoje tivemos uma especial muito mais longa que a de ontem, bem difícil, a culminar com uma travessia de dunas. Comecei bem mas acabei por perder algum tempo depois de deixar “calar” o motor da minha mota, ainda assim cheguei ao final em luta pelos trinta primeiros classificados”.
Bianchi Prata: “Foi um dia desgastante devido aos problemas com o combustível. Não percebo o que se passou porque abasteço sempre em bombas oficiais, mas desta vez acabei por ser vitima de gasolina que tinha água na sua mistura e o motor da minha moto acabou por se ressentir disso mesmo. Perdi quase uma hora na etapa, mas nada está perdido…ainda temos muito Dakar pela frente”.
“Hoje podería ter ganho mais posições porque o desenho da especial era muito do meu agrado. Com uma zona rápida no início e depois a primeira passagem por areia senti que estaría melhor. A melhor prova disso mesmo foi ter mesmo assim conseguido subir na classificação, algo que vou continuar a tentar fazer amanhã”
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