PCP exige ao Governo conclusão rápida das obras no Liceu de Faro

O PCP quer respostas da parte do Governo quanto ao «inaceitável atraso na conclusão das obras de requalificação» da Escola […]

O PCP quer respostas da parte do Governo quanto ao «inaceitável atraso na conclusão das obras de requalificação» da Escola Secundária João de Deus, que se «arrastam há quatro anos».

Os comunistas recordam que as obras no antigo Liceu de Faro tinham um prazo de execução previsto de 18 meses e exigem que as obras sejam acabadas rapidamente.

O atraso nesta intervenção, a cargo da empresa Parque Escolar, provoca «sérios transtornos a toda a comunidade educativa e afeta o normal funcionamento da Escola, sem que os órgãos de gestão recebam qualquer informação sobre a data previsível da conclusão das obras».

O Grupo Parlamentar dos comunistas toma esta iniciativa, na Assembleia da República, depois de se ter levado a cabo uma visita ao estabelecimento de ensino, durante as Jornadas Parlamentares do PCP, que Faro acolheu a 2 e 3 de dezembro de 2013.

«O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Educação e Ciência sobre as medidas que serão tomadas para a rápida conclusão das obras de requalificação; sobre a data prevista para a conclusão dessas obras e sobre as diligências que serão efetuadas junto da empresa Parque Escolar para resolver os problemas entretanto detetados nas salas de aula, nos laboratórios, na sala de convívio dos alunos e no polidesportivo», anunciaram os comunistas.

«Exige-se que o Ministério da Educação e Ciência atue de forma decisiva por forma a garantir a rápida conclusão das obras de requalificação e a resolução dos problemas entretanto detetados nas partes da obra já concluídas, permitindo que a Escola Secundária João de Deus possa retomar, ao fim de quatro anos, o seu normal funcionamento», acrescenta o Grupo parlamentar do PCP.

Atualmente, o emblemático Liceu de Faro, nomeadamente o seu bloco principal, «está transformado num estaleiro de obras» e «as aulas decorrem em contentores, onde chove». Além disso, «a cantina, também a funcionar num contentor, não tem capacidade de resposta».

Situações que eram para ser provisórias, mas que não têm final à vista. E, segundo o PCP, as obras, mesmo depois de concluídas, não irão ao encontro daquilo que a direção da escola desejava.

«Aquando da elaboração do projeto inicial das obras de requalificação, a Direção da Escola apresentou um conjunto de propostas de alteração para melhorar o funcionamento de diferentes espaços, nomeadamente, salas de aula, laboratórios e sala de convívio dos alunos. Estas propostas foram ignoradas. As salas de aula não têm ar condicionado e as janelas apenas abrem até 30 por cento, pelo que no verão o ar é irrespirável.

Nas salas de laboratório as bancadas foram colocadas nas paredes, implicando que os alunos realizem experiências de costas para o professor, o que do ponto de vista pedagógico não é adequado. A sala de convívio dos alunos é um espaço demasiado pequeno, sem saída direta para o exterior», descrevem.

«O polidesportivo apresenta, também, diversos problemas: partes do teto caíram; da bancada apenas é visível metade do campo; é impraticável a substituição de lâmpadas no teto, pois não existe rampa de acesso para a grua; os balneários em funcionamento e aqueles que estão a ser construídos, com revestimento de pastilha, não têm proteção nas esquinas, constituindo um risco para a segurança dos alunos», acrescentaram, ainda, os comunistas, na exposição que o seu Grupo parlamentar fez ao Ministério da Educação e Ciência.

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