Câmara pede inspeção urgente às condições de segurança da Escola Secundária de VRSA

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António solicitou uma inspeção, com caráter de urgência, às instalações provisórias da […]

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António solicitou uma inspeção, com caráter de urgência, às instalações provisórias da Escola Secundária de Vila Real de Santo António, considerando que «os contentores atualmente utilizados como salas de aula não apresentam condições básicas de segurança».

Para a autarquia de VRSA, os monoblocos que atualmente se encontram a funcionar como salas, reprografia, papelaria, cantina e bar «estão a colocar em risco alunos, professores e funcionários», situação que já foi exposta esta quarta-feira à Autoridade para as Condições de Trabalho, à Proteção Civil, ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação.

O pedido de inspeção resulta de uma petição endereçada pela Escola Secundária de VRSA ao município vila-realense onde são descritas, entre outras situações, a existência de parasitas e roedores na escola, a falta de um plano de evacuação exequível, a existência de inundações durante as intempéries, o relato de choques elétricos por parte de professores e alunos, bem como a existência de múltiplos problemas alérgicos na comunidade escolar.

Para o presidente da Câmara Municipal de VRSA, «o perigo da situação descrita pela escola legitima, uma vez mais, a posição da autarquia, que, há vários meses reclama a ocupação efetiva das 21 novas salas de aula já concluídas».

«Não podemos deixar que uma teimosia administrativa da Parque Escolar continue a colocar em risco os nossos alunos, por isso cabe ao Ministério da Educação fazer o que toda a gente já percebeu que é necessário. Isto é, ocupar de vez as novas salas», frisa o autarca.

Na passada sexta-feira, a autarquia de VRSA disponibilizou meios humanos para iniciar a transferência do material escolar dos contentores para as salas de aula já concluídas, iniciativa aplaudida pela comunidade escolar, mas contestada unilateralmente pela Parque Escolar, que repôs todo o material nos contentores durante o fim de semana.

A requalificação da Secundária de VRSA, em funções desde 1963, foi integrada no Projeto de Modernização das Escolas Secundárias, promovido pela tutela e desenvolvido pela EPE. A empreitada foi orçamentada em 12 milhões de euros, tendo como duração prevista de execução o prazo de dezasseis meses.

As intervenções deveriam ter ficado concluídas no final de 2011, mas a falta de pagamentos ao empreiteiro, os processos de redução de custos durante a obra, bem como o atraso na emissão de ordens de execução – por parte da Parque Escolar – provocaram o atraso das obras e a paragem dos trabalhos durante quase um ano.

Além dos estudantes de VRSA, a Escola Secundária recebe os alunos do ensino secundário provenientes dos concelhos vizinhos de Alcoutim e Castro Marim.

Aliás, o presidente da Câmara de Castro Marim juntou-se, na segunda-feira, ao protesto que se realizou frente à Escola Secundária de Vila Real de Santo António, para demonstrar a sua indignação pela «incúria da empresa Parque Escolar, que continua a negligenciar a entrega das 21 novas salas de aula daquele estabelecimento de ensino».

Comentários

pub