Mais de 100 mil Rotas vendidas em 38 dias, a uma média de 2.646 por dia, resultando num impacto económico direto calculado em 245.388,50 euros.
Estes são os principais números do sucesso de mais uma edição da Rota do Petisco de Portimão, que decorreu de 6 de setembro a 13 de outubro, nesta cidade e ainda na Praia da Rocha, Alvor e Ferragudo.
Tais números significam um aumento de 183% no total de ementas vendidas (100.551 Rotas, das quais 88.573 na modalidade “Petisco” e 11.978 na de “Doce Regional”), mas, como este ano a Rota teve menos dias que em 2012, considerando essa variante e comparando a média diária de Rotas servidas, o crescimento foi ainda mais expressivo, atingindo os 237%.
Os números foram apresentados pela organização, a associação Teia d’Impulsos, numa festa na sexta-feira à noite, na Casa Manuel Teixeira Gomes, na baixa da cidade de Portimão e bem perto de onde muita da ação desta Rota do Petisco se passou.
Nuno Vieira, presidente da associação, salienta que os mais de 245 mil euros de retorno direto nem sequer têm em conta os «outros consumos acessórios, bem como os ganhos indiretos em termos de publicidade para cada um dos estabelecimentos aderentes da Rota 2013».
É «um valor que ganha ainda maior significado quando colocado em confronto com o investimento feito no evento, um investimento direto que rondou os 8.000 euros. No entanto, tendo em conta os custos indiretos, que foram assegurados fruto das parcerias estabelecidas e de trabalho voluntário, estima-se que a organização desta iniciativa tenha tido um custo total de cerca de 70 mil euros», acrescenta.
Mas os números não se ficam por aqui – a Rota do Petisco decorreu ao longo de 38 dias, em 70 estabelecimentos, sete zonas, três freguesias e dois concelhos. Nela trabalharam 15 voluntários e
mais de mil outras pessoas, envolvidas diretamente no evento.
A vertente solidária da Rota do Petisco, que passava por solicitar um donativo de 1 euro pela aquisição do passaporte, permitiu angariar um total de 9.095,26 euros, um montante que será distribuído equitativamente pelas três instituições escolhidas: o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora do Amparo (Portimão), o Lar de Crianças Bom Samaritano (Alvor) e o Centro de Apoio a Idosos de Ferragudo. «Os petiscadores responderam generosamente a este apelo», diz a Teia d’Impulsos.
Mas Nuno Vieira salienta que, porque o objetivo da Rota do Petisco é levar animação e gente às ruas, «talvez ainda mais importante do que as ementas vendidas e os valores resultantes, foi o o facto de, durante 38 dias, a Rota do Petisco ter transformado a cidade de Portimão e as vilas de Alvor e Ferragudo. As ruas encheram-se de gente e a animação cultural associada ao evento deu uma nova vida aos estabelecimentos e às zonas envolventes».
E assim a Rota conseguiu um dos seus principais objetivos: «criar uma nova relação dos cidadãos com o espaço público, encorajá-los a sair de casa e descobrir a gastronomia e os estabelecimentos da sua localidade num ambiente de convívio e partilha».
De facto, o evento teve um especial impacto entre os locais: segundo inquéritos realizados aleatoriamente durante o evento, 80 % dos petiscadores eram oriundos dos concelhos de Portimão e Lagoa.
Também é interessante notar que a maioria resolveu “fazer-se à Rota” em grupo, alguns até bastante numerosos, já que cerca de 20% dos participantes inquiridos integravam grupos de mais de 10 pessoas.
No balanço que fez sobre esta que foi a terceira edição da Rota do Petisco, e a de maior sucesso até agora, a associação Teia d’Impulsos salienta a importância da «conjugação de sinergias».
«Assente em parcerias entre entidades públicas, associações de cidadãos e empresas, a Rota tem-se revelado, ao longo dos três anos de existência, um exemplo de como a união faz a força».
Nesta edição, o destaque especial vai para a parceria com a associação Alvorecer e para o apoio das Juntas de Freguesia de Alvor e Ferragudo, que possibilitaram o alargamento do evento para lá de Portimão.
«Também é preciso agradecer a quem, de forma voluntária, ofereceu generosamente o seu know-how para construção dos meios de divulgação e comunicação do evento, uma área em que a Rota do Petisco 2013 teve um crescente impacto face aos anos anteriores, expresso na forma como foi noticiada em vários meios de comunicação social ao nível nacional e internacional».
Ficou a promessa de que, em 2014, a Rota do Petisco irá voltar. «E com o balanço realizado e todas as sugestões registadas, decerto que voltará em grande!».
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