Finalgarve garante ter 1 milhão para investir no Parque Ambiental da Praia Grande

A Finalgarve assegura ter um milhão de euros para investir no Parque Ambiental da Praia Grande (Silves), negando que este […]

A Finalgarve assegura ter um milhão de euros para investir no Parque Ambiental da Praia Grande (Silves), negando que este investimento tenha algo a ver com a intervenção prevista para a Lagoa dos Salgados e da responsabilidade da ARH e das Águas do Algarve.

Fonte da empresa que faz a assessoria de imprensa da Finalgarve garantiu ao Sul Informação que a empresa do Grupo Galilei, promotora do empreendimento turístico da Praia Grande vai «efetivamente» investir a quantia anunciada esta segunda-feira, na apresentação do projeto daquele Parque Ambiental, que decorreu em Silves.

A mesma fonte salientou que o projeto e a intenção de investimento da Finalgarve «não tem nada a ver» com a intervenção programada pela ARH/Águas do Algarve, dizendo tratar-se de «dois projetos distintos», que até poderão «avançar em paralelo por uma questão de melhor conciliar as obras».

A empresa responde assim à acusação feita ontem em comunicado pela Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados, que considerou o Parque Ambiental como uma mera «ação de marketing para limpar imagem negativa do megaempreendimento previsto para aquela zona» do concelho de Silves.

A Plataforma tinha salientado que «as intervenções anunciadas pelo promotor para o “Parque Ambiental da Praia Grande” são na grande maioria ações contempladas no Plano de Gestão da Lagoa dos Salgados», que é um projeto da ARH Algarve, já adjudicado pela empresa Águas do Algarve em Outubro de 2011, e que «tem como objetivo principal completar a rede de esgotos do Município de Albufeira e como objetivo adicional gerir o plano de água da lagoa».

 

Finalgarve não recebeu qualquer pedido oficial de um Estudo de Impacte Ambiental

 

Nas suas declarações ao Sul Informação, a fonte da empresa acrescentou, por outro lado, que «a Finalgarve não recebeu até agora nenhum pedido oficial [por parte do Ministério do Ambiente] de um Estudo de Impacte Ambiental».

Recorde-se que, em 8 de janeiro, no mesmo dia em que a Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados entregou, em Lisboa, no Ministério do Ambiente, as 20 mil assinaturas da petição contra o megaempreendimento turístico da Praia Grande, o então secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território anunciou que o projeto turístico seria sujeito a um processo de Avaliação do Impacte Ambiental.

Este anúncio, que sempre foi visto com alguma desconfiança por parte dos elementos da Plataforma, mas que, ainda assim, tinha sido acolhido como uma «pequena vitória», não passou, pelo que afirma agora a Finalgarve, de uma intenção nunca concretizada por parte do Ministério do Ambiente.

A porta voz da empresa acrescentou que, de qualquer modo, e «apesar de não ser obrigatório nem exigido por lei», a própria Finalgarve, por sua «alta recreação», «encomendou em março de 2012» um Estudo de Impacte Ambiental, que foi entregue «na passada semana, a 1 de fevereiro, à Câmara Municipal de Silves e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional».

Esta informação já tinha sido anunciada na segunda-feira, durante a sessão de apresentação pública do projeto do Parque Ambiental da Praia Grande.

Aquelas entidades terão agora «um prazo, provavelmente de um mês, para analisar o Estudo e para se pronunciarem».

Mas se não era obrigatório, porquê então avançar com o EIA? A fonte da Finalgarve adiantou que o EIA foi feito «para servir de guião de trabalho», podendo a empresa «seguir as orientações que o Estudo traz».

 

 

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