Os serviços camarários de Silves a funcionar nos Paços do Concelho vão reabrir hoje, dia 19 de novembro, «previsivelmente da parte da tarde».
Esta reabertura só é possível depois do «tornado de bondade», como lhe chamou o presidente da Câmara Rogério Pinto, que levou centenas de voluntários, funcionários da autarquia e das juntas de freguesia a ajudar durante o fim de semana, em especial este domingo, na recuperação do telhado do edifício da Câmara Municipal, que ficou completamente destruído pelo tornado de sexta-feira.
Sandra Moreira, chefe do Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara de Silves, adiantou que, com o trabalho de todos aqueles voluntários, foi possível «proteger a cobertura do edifício, restabelecer a eletricidade e o acesso ao servidor» de ligação à internet, criando assim condições mínimas de funcionamento aos serviços municipais.
Na manhã de hoje, segunda-feira, haverá uma reunião do executivo municipal com os trabalhadores camarários de Silves, nas instalações da FISSUL. A reunião terá dois momentos: às 8h00 para o pessoal operacional e às 9h00 para todos os restantes funcionários.
Ontem, foram perto de mil os voluntários que ajudaram a limpar os destroços espalhados pela cidade, em especial na zona ribeirinha. A operação foi coordenada pela Câmara, que dividiu a cidade em setores para facilitar a atuação dos voluntários e funcionários. Ao fim da tarde, o aspeto da cidade de Silves era já bem diferente.
No entanto, apesar da remoção dos detritos, há dois equipamentos que ficarão fechados durante tempo indeterminado: a piscina municipal, que ficou muito danificada pelo tornado, e o estádio municipal Dr. Francisco Vieira, situado praticamente do outro lado da avenida marginal, onde o vento arrancou bancadas e fez cair um dos muros de vedação do campo.
Amanhã ou depois, o mais tardar, tanto a Câmara de Silves, como a de Lagoa, onde os estragos foram causados sobretudo em apartamentos e casas de habitação, deverão ter pronto um relatório preliminar dos prejuízos causados pelo forte temporal, para entregar ao secretário de Estado da Administração Local.
Rogério Pinto, presidente da Câmara de Silves, num primeiro balanço preliminar, já avaliou os estragos em cinco milhões de euros.
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