PSD/Faro acusa PS de fazer «aproveitamento político» no caso da água em Santa Bárbara de Nexe

O PSD de Faro acusou hoje o PS local de estar «fragilizado» e procurar «aproveitamento político» no caso da nova […]

O PSD de Faro acusou hoje o PS local de estar «fragilizado» e procurar «aproveitamento político» no caso da nova rede de água e esgotos na freguesia de Santa Bárbara de Nexe que foi inaugurada neste feriado municipal farense.

Ontem, os socialistas tinham reclamado o crédito por esses melhoramentos, manifestando-se mesmo orgulhosos «de ver finalmente concluída a obra de abastecimento de água e saneamento básico na Freguesia de Santa Bárbara de Nexe».

O PS/Faro tinha ainda acusado «o boicote do PSD» de ser responsável pelo adiamento das obras «em cerca de dois anos, prejudicando dessa forma os legítimos interesses e direitos das populações por puro oportunismo partidário».

Posição bem diferente têm, como seria de esperar, os social-democratas, para quem a direção do PS/Faro assinou «mais um episódio de aproveitamento político ao reclamar os louros desta obra, reivindicando para o anterior executivo socialista a responsabilidade do seu lançamento e dando mesmo a entender que esta e outras realizações levadas a efeito neste mandato não passam de meras heranças socialistas».

Ora, segundo o PSD/Faro, «nada neste momento poderia parecer mais gratuito e afastado da realidade» e é «obviamente falso».

No seu comunicado, a Comissão Política de Secção do PSD Faro acrescenta: «conhece o PS e conhecemos todos os Farenses o estado calamitoso em que a atual maioria encontrou o Município, afogado em dívidas que comprometiam o seu funcionamento interno e seriamente condicionado na sua missão por gigantescas onerações financeiras. Esta foi a herança legada pelo PS».

Os social-democratas admitem que «projetos de obra também havia, efetivamente, alguns». Mas, garantem, «o que não havia, e que este Executivo tratou de providenciar, era a capacidade financeira de os levar por diante nomeadamente uma obra que, como esta, orçou em 5 milhões de euros e era uma tão justa quanto antiga reivindicação destas populações».

O PSD/Faro diz que extrai outras conclusões políticas daquilo que classifica como «mais uma infelicidade do PS/Faro»: «a nova direção tarda em afirmar-se internamente e tem pautado a sua estratégia por casuísticos e repentinos “golpes de asa” em assuntos que mereceriam uma análise cuidada e uma tomada de posição mais ponderada».

Os social-democratas sublinham mesmo a existência de alegadas «divisões internas no seio do partido [PS]», que «são uma realidade que o novo líder não pode já ocultar. São patentes no titubeante e difuso sentido de voto expresso nas últimas sessões da Assembleia Municipal, são-no também nas dissensões que se verificaram no seio da sua bancada, que levaram inclusivamente ao abandono do seu líder, e começam a sê-lo também no quotidiano do concelho, onde o assunto é já incontornável».

A terminar, o PSD/Faro manifesta a sua «satisfação pela inauguração de uma obra que serve largas franjas populacionais e que assegura que Faro, cada vez mais, já providencia uma taxa de cobertura na rede de água e recolha de esgotos em linha com a importância de um concelho moderno e que garante o cumprimento de direitos básicos dos cidadãos».

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