Treze meios aéreos combatem fogo em São Brás e Tavira

Já há treze meios aéreos a combater o fogo que há três dias atinge os concelhos de Tavira e de […]

Já há treze meios aéreos a combater o fogo que há três dias atinge os concelhos de Tavira e de São Brás de Alportel, dois dos quais espanhóis, mas mesmo assim o fogo continua sem dar tréguas.

Neste momento, segundo o ponto da situação da Autoridade Nacional da Proteção Civil, estão a operar dois aviões bombardeiros pesados espanhóis e um outro avião bombardeiro pesado português, bem como sete helicópteros bombardeiros e outros ligeiros.

No terreno, além de mais de 1000 homens, há também dezanove máquinas de rasto, do exército e das Câmaras Municipais.

Segundo informações recolhidas pelo Sul Informação, as máquinas de rasto têm sido muito importantes. Na Cova da Muda, por exemplo, segundo revelou António Eusébio, presidente da Câmara de São Brás, «Os militares estão a fazer um trabalho excelente com as máquinas de rasto. Com duas máquinas, praticamente acabaram com uma frente na Cova da Muda».

Mas a situação está de tal forma grave e já provocou tantos prejuízos no concelho – casas ardidas, máquinas e alfaias agrícolas, automóveis, e extensas áreas de floresta, nomeadamente de sobreiros – que o autarca sambrasense também já está a considerar pedir o estado de calamidade pública para São Brás, a exemplo do que já foi anunciado pelo seu colega Jorge Botelho, para Tavira.

Este é sem dúvida, o maior incêndio que alguma vez atingiu São Brás de Alportel. Mais de uma centena de pessoas foram já evacuadas das zonas de Javali, Cabeça do Velho, Parizes, Arimbo e Cova da Muda, habitantes idosos com uma média de idades de 60 a 65 anos, estando os bombeiros mais concentrados em proteger pessoas e casas.

«Algumas dessas pessoas foram deslocadas para a Santa Casa da Misericórdia, outras têm filhos ou familiares em São Brás e foram para as casas de familiares», revelou António Eusébio.

O acompanhamento das pessoas está a ser feito pelos serviços sociais da Câmara Municipal e pela proteção civil e «algumas dessas pessoas já estão a voltar para as suas casas». Mas há muitos que nem querem voltar, com receio de ver o que perderam com o fogo.

O autarca acrescentou que, desde quinta-feira à noite já ardeu cerca de uma dezena de casas, em especial em Cabeça do Velho e em Javali, mas ainda não é possível fazer uma estimativa dos danos causados pelo fogo. Até porque as chamas continuam.

Neste momento, a maior preocupação dos bombeiros é evitar que o incêndio que lavra na Serra do Caldeirão se estenda para oeste, para o concelho de Loulé, disse José Codeço, comandante nacional da Proteção Civil.

Ainda assim, e apesar de manter duas frentes muito ativas, «a situação é francamente mais favorável do que aquela que tínhamos ao início da madrugada».

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