Travessia da Ecovia do Litoral identifica necessidade de reforço da sinalização

A primeira travessia da Ecovia do Litoral, que terminou esta quinta-feira, em Vila Real de Santo António, permitiu identificar a […]

A primeira travessia da Ecovia do Litoral, que terminou esta quinta-feira, em Vila Real de Santo António, permitiu identificar a necessidade de reforçar a sinalização, repondo o material (painéis, placas e marcos) que tem sido alvo de vandalismo ou roubo.

Esta travessia foi iniciativa que envolveu técnicos e responsáveis do projeto, levando 40 pessoas a percorrer em bicicleta o setor final entre Tavira e VRSA.

O périplo teve início em fevereiro, no concelho de Vila do Bispo, e percorreu, ao longo de quatro meses, todo o trajeto desta rota ciclável que atravessa os 12 concelhos do Algarve, fazendo um diagnóstico do estado da via.

Depois de as primeiras horas da manhã de quinta-feira terem sido utilizadas para percorrer os trilhos de Tavira, Castro Marim e VRSA, o Salão Nobre da autarquia vila-realense recebeu uma conferência destinada a fazer o levantamento dos pontos fortes e fracos de toda a travessia inspetiva.

Ao longo do debate, representantes das 12 autarquias envolvidas no troço da Ecovia deixaram sugestões para aumentar a procura daquela infraestrutura e o conforto e a segurança dos utentes e salientaram a importância de realizar anualmente este tipo de diagnóstico.

No campo das prioridades, foi identificada a necessidade de requalificar a sinalização ao longo de toda a via, repondo o material (painéis, placas e marcos) que tem sido alvo de vandalismo ou roubo.

De acordo com o coordenador do projeto Ecovia Jorge Coelho, a solução para as autarquias resolverem o problema de uma forma rápida e não onerosa pode passar pela «colocação de sinalética de baixo custo», recorrendo a sistemas de marcação semelhantes aos utilizados nas rotas pedestres.

Também presente na conferência, José Carlos Barros, vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, destacou a necessidade de repensar a sinalização dos troços urbanos da Ecovia (normalmente caracterizada por uma linha azul ou por pictogramas) e de a articular com outras redes cicláveis, «aumentando a sua densidade».

«Em VRSA, como noutros concelhos, as bicicletas têm de ser vistas como parte integrante da estratégia de desenvolvimento económico e turístico das localidades. É aliás por esta razão que Ecovia deve ser entendida como um projeto em permanente construção», nota o também responsável pela pasta do ambiente.

No encerramento da sessão estiveram presentes representantes da Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA), da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve que, em uníssono, apelaram para que o projeto da Ecovia, já com uma década, não seja travado pelos constrangimentos económicos das entidades públicas e privadas.

O que é a Ecovia

A Ecovia do Litoral percorre todo o litoral do Algarve, numa extensão de 214 quilómetros, desde o Cabo de S. Vicente (Vila do Bispo) – quilómetro zero – até Vila Real de Santo António.

O desenvolvimento do projeto resulta de uma parceria entre a Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) – Parque Natural da Ria Formosa.

As rotas cicláveis de VRSA

Em Vila Real de Santo António, foram construídos 30 quilómetros de ciclovias em quatro anos, rotas que incluem o percurso da Ecovia do Litoral.

As ciclovias do concelho têm apresentado uma utilização considerável, principalmente no trajeto da Ecovia, na zona da Manta Rota/Ribeira do Álamo, e em Monte Gordo, nos percursos no interior da Mata e na antiga EN 125.

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