Multimédia: Novos desafios num mundo “sempre a correr”

“Nesta área de multimédia, o «ontem» já está desatualizado”, explicou Nuno Mesquita, responsável da empresa Arqui300, durante a primeira edição […]

“Nesta área de multimédia, o «ontem» já está desatualizado”, explicou Nuno Mesquita, responsável da empresa Arqui300, durante a primeira edição do Congresso de Multimédia do Algarve, que decorreu dias 3 e 4 de maio, no Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF), em Loulé.

Nuno Mesquita deixou ainda vários conselhos aos alunos da licenciatura de Multimédia: para se vencer é preciso ter qualidade de oferta de produto, capacidade de resposta, ser especialista e ao mesmo tempo transversal, apostar na diversidade dos mercados e internacionalizar”.

Com 20 anos de existência, a Arqui300 desenvolve projetos na área do 3D, publicidade, spots, videojogos, aplicações interativas, animação e filmes para diversos pontos do mundo.

Já Manuel Câmara, da Ydreams, anunciou a primeira publicidade interativa em revista, que será publicada em outubro. “Estamos neste momento a trabalhar numa tinta, que irá permitir a impressão em grande escala – ou seja com um custo mais reduzido . A Ynvisible já comercializa alguns produtos dinâmicos, mas em breve vamos ter revistas que mudam de cor quando tocamos nelas ou rótulos que mudam a imagem quando o objeto é agitado”, explicou.

Num mundo em constante mudança, o algarvio João Rei (freelance graphic artist) suspendeu a sua marca de roupa B.Side em 2008 e tomou há três anos a decisão de se mudar para Sagres. Tudo pela paixão pelo surf. É de lá que trabalha para todo o mundo. As reuniões são via Skype e não conhece pessoalmente a maioria dos clientes. Os seus projetos podem ser vistos em cantsurfnaked.com.

Durante o primeiro Congresso de Multimédia da região falou-se ainda de cinema. Para explicar o tema, estiveram presentes Natália Laranjinha “O Conceito de Film Fusion”, Levi Martins sobre as “Principais tendências do cinema português contemporâneo”, Patrício Faísca, diretor de produção da New Light Pictures, que realizou a curta-metragem “Comando”, com um orçamento de 25 euros, e António Pascoalinho sobre “Filme de terror: Quem tem medo e porquê?”.

A fotografia foi outra das áreas focadas durante o evento. Octávio Alcântara debruçou-se sobre “Imagem: relações e resistências entre a fotografia e o cinema (imagem-movimento; imagem-tempo)”; o fotógrafo Vasco Célio falou sobre a sua experiência e apresentou alguns dos seus trabalhos para empresas nacionais e internacionais; Ana Abraão, Bruno Paixão e Fernando Quintino Estevão mostraram como pode ser desenvolvida a técnica de Light Painting e de que modo se pode inovar em fotografia.

O congresso contou ainda com os oradores Nuno Ribeiro (diretor da ETIC-Algarve), Nuno Silva (Locutor do programa Rua 80, na Rua FM), Júlio Martin da Fonseca (ator, encenador e docente do INUAF/ESTAL), Júlio Heitor (Locutor e produtor criativo da Rádio Renascença), Paulo Coelho (ex-aluno de Multimédia do INUAF e responsável da empresa ISpot Multimédia), Miguel Cheta (Artista Plástico), Mónica Aldeia (Docente do INUAF).

O primeiro Congresso de Multimédia do Algarve foi organizado  pelo INUAF e pelo Centro de Investigação das Ciências da Educação e da Formação (CICEF).

De acordo com Sandra Cruz, coordenadora da Licenciatura de Multimédia do INUAF e uma das mentoras do projeto, este congresso “foi um dos mais significativos eventos realizado na área Multimédia, superando todas as expetativas e objetivos”.

 

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