Assembleia Intermunicipal do Algarve quer «suspensão imediata» das portagens na Via do Infante

A Assembleia Intermunicipal do Algarve aprovou esta segunda-feira uma moção para a suspensão imediata das portagens na Via do Infante. […]

A Assembleia Intermunicipal do Algarve aprovou esta segunda-feira uma moção para a suspensão imediata das portagens na Via do Infante. Esta estrutura aprovou uma proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda, com votos a favor do PS, PCP e BE e algumas abstenções na bancada do PSD, anunciaram, num comunicado, os bloquistas algarvios.

Esta já não é a primeira vez que este órgão da AMAL-Grande área Metropolitana do Algarve, que junta eleitos de todas as Assembleias Municipais da região, aprova moções contra as portagens na Via do Infante. Já em 2010 havia tomado uma posição contra a introdução de taxas na A22, também no seguimento de uma moção apresentada pelo BE.

A decisão de dia 30 de abril passado procura pressionar o Governo a voltar atrás com a medida, entretanto implantada. A moção defende, de resto, que «outras soluções só agravarão o problema em vez de o resolver».

Para justificar o pedido, a moção lembra, desde logo, que a A22 «não apresenta características técnicas de auto-estrada e foi construída fora do modelo de financiamento SCUT, em que grande parte da via foi financiada com dinheiros da União Europeia».

O aumento de tráfego e sinistralidade na EN125 e o efeito negativo no setor turístico e noutras áreas da economia algarvia serviram, igualmente, de enquadramento à moção.

«É claro para os cidadãos, trabalhadores e empresários algarvios que não há futuro para o Algarve se não forem tomadas medidas sérias de anulação da cobrança de portagens, injustas e perniciosas sob todos os pontos de vista. Se tal não se verificar, o desespero, o desemprego, a miséria, o fecho de empresas e o descalabro da sustentabilidade do turismo, serão o quotidiano do Algarve, num contexto anunciado de crise sistemática», alerta a proposta aprovada pela Assembleia Intermunicipal.

Este documento foi enviado «ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro, ao Ministro da Economia e do Emprego, aos Grupos Parlamentares, ao Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, aos Presidentes de Câmara e Assembleias Municipais do Algarve e aos órgãos de comunicação social regionais e nacionais».

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