Cinema e música “à sombra” do farol de VRSA fecharam festival Video Lucem em beleza

Primeiro, subiram ao palco, montado aos pés do farol, as Moçoilas. Com as suas três vozes afinadas, percorreram os sons […]

Primeiro, subiram ao palco, montado aos pés do farol, as Moçoilas. Com as suas três vozes afinadas, percorreram os sons de um Algarve desaparecido, dando vida às fotografias e filmes antigos sobre Vila Real de Santo António que passavam no ecrã. Depois, com o vento a levantar-se, o palco foi ocupado pelos agora cinco elementos dos Dead Combo, que deram música ao filme mudo “Os Faroleiros”, de 1922, obra rodada em Portugal pelo francês Maurice Mariaud.

Foi assim, no dia 30 de Maio, o final da segunda edição do festival «Video Lucem», que, desta vez, saiu das igrejas para assentar arraiais junto ao farol de Vila Real de Santo António e mostrar mais um filme mudo, neste caso uma história de amores contrariados e finais infelizes, a que a música dos Dead Combo acentuou os tons negros do drama.

Lá em cima, no alto da torre com quase 50 metros de altura do farol de VRSA, o feixe de luz girava e girava, indiferente aos amores desencontrados de dois faroleiros e uma rapariga, que, cá em baixo, se mostravam no écrã de cinema, ao som de Tó Trips e dos seus músicos.

Mesmo com a noite fresca – havia mantinhas fornecidas pela organização -, as 300 cadeiras encheram-se de público, havendo mesmo gente de pé a assistir. Entre os espectadores, alguns espanhóis e outros estrangeiros de diferentes nacionalidades, mas sobretudo muitos portugueses, vindos de todo o Algarve, de locais tão distantes de Vila Real de Santo António como Lagos, Algoz e Portimão.

O “Video Lucem”, que começou em Novembro e passou por igrejas de Faro, Loulé, Martim Longo, Tavira, Ferragudo e Silves, terminou com esta sessão especial. Ao todo, o festival, promovido pelo Cineclube de Faro, com a parceria da Diocese do Algarve e o apoio do “365Algarve”, ultrapassou os 1100 espectadores.

 

Fotos: Gonçalo Dourado | Sul Informação

 

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