Cerveja fresca e “viva”, por favor!

A cerveja, bebida referenciada e apreciada pelos sumérios, egípcios e mesopotâmicos, é das mais consumidas e populares atualmente. Alguma vez se questionou como […]

A cerveja, bebida referenciada e apreciada pelos sumérios, egípcios e mesopotâmicos, é das mais consumidas e populares atualmente. Alguma vez se questionou como é produzida e quais os constituintes da cerveja?

Esta bebida aparentemente simples é muito rica nutricionalmente. É constituída por cerca de 90% de água, alguns açúcares, maltose, glucose e dextrinas, vitaminas do complexo B, aminoácidos, proteínas, elementos minerais como, cálcio, fósforo e enxofre.

Na sua versão alcoólica, a mais comum possui cerca de 4% de álcool, mas este teor pode variar entre 2 e 20%, dependendo do tipo de cerveja. Num copo acabado de servir, pronta a apreciar, facilmente se detecta outro constituinte, o gás dióxido de carbono.

Basta juntar todos os ingredientes para se obter uma boa cerveja?

Começando pela escolha do cereal, o processo é extenso. O milho, trigo, arroz e a cevada, maltados ou não, são os cereais mais comuns para produzir cerveja.

Para se obter o malte, os cereais são germinados em condições controladas, posteriormente torrados e moídos. A farinha, obtida da moagem, é misturada com água e forma-se o mosto, em condições definidas de temperatura, pH e tempo, até que a composição seja a mais adequada ao tipo de cerveja a produzir.

Obtido o mosto diluído e filtrado, é adicionada a planta aromática, o lúpulo, responsável pela formação de uma boa espuma, aroma e sabor amargo, para além de proteger a bebida contra contaminações microbiológicas. Procede-se à esterilização do mosto recorrendo à ebulição, eliminando as substâncias voláteis indesejadas, solubilizando e transformando as substâncias amargas do lúpulo.

Chega o momento de “dar vida” à cerveja. O mosto arrefecido é colocado em cubas de fermentação, durante 7 dias. Nesta fase, os açúcares obtidos dos cereais, são convertidos por microrganismos, maioritariamente pela levedura Saccharomyces cerevisae, em álcool e dióxido de carbono. Não termina aqui o processo, mas já pode pedir uma fresquinha, para acompanhar a etapa seguinte.

 

Autora: Margarida Vieira

Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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