Comité Internacional da Museologia Social apela ao diálogo no caso do Museu do Traje

O responsável alude à carta escrita pelo padre Cunha, fundador do Museu

Mário Moutinho, presidente do Comité Internacional da Museologia Social, apelou, numa carta escrita este domingo, 10 de Novembro, ao «bom senso e ao diálogo» para que as dificuldades entre Emanuel Sancho, suspenso de diretor do Museu do Traje, e a Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel «sejam ultrapassadas». 

Nessa missiva, Mário Moutinho relembra como «há vários tipos de museus».

«Há os que obedecem cegamente aos ditames vindos de cima com reverência. São obedientes, repetem até à exaustão os feitos do passado. Limitam-se a ser as “salas de visita” das localidades. Não arriscam. O poder instalado gosta destes museus. São decorativos, exaltam os nossos próprios feitos, entretêm a população com bailes e divertimentos e assim afastam as pessoas de pensamentos incómodos como política, democracia, liberdade, mudança… Só que alguns dos museus ambicionam ser muito mais do que isso», escreve.

O responsável alude à carta escrita pelo padre Cunha, fundador do Museu, dizendo ser de «bom senso resolver na base do diálogo os problemas, que por vezes, são apenas mal-entendidos de ordem menor».

«O trabalho do diretor do Museu do Traje, Emanuel Sancho, é reconhecido pela comunidade museológica nacional e internacional como exemplar. É também um trabalho que dignifica a Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel», considera Mário Moutinho.

Só que «Emanuel Sancho, em vez de ser apoiado e elogiado pela direção da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, é cerceado no seu próprio trabalho, é impedido de continuar a orientar o Museu que com competência profissional, amor e dedicação soube construir ao longo de anos», defende.

 



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