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teatro das figuras

T5:E3 – Redondela >> Pontevedra

Desta vez, ficámos alojados na zona histórica de Redondela, numa casa antiga recuperada com bom gosto.

A casa tem apenas quatro metros de largura, com um dos quartos situado nas águas-furtadas, que é aquele sítio alto ao meio e baixo junto à parede. Portanto, é o ideal para dar umas cabeçadas no telhado, desporto que eu costumo praticar bem. E bati um bom par de vezes.

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Tivemos que nos deitar cedo, porque a etapa que se avizinhava ia ser dura e queríamos arrancar cedo.

 

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E arrancámos, mais ou menos cedo, precisamente na hora de ponta da peregrinagem.

Vocês não fazem ideia, deviam ver a fila de gente das mais variadas origens e aspetos a sair de Redondela. Um autêntico engarrafamento e não estou a exagerar se disser que rondava a centena de peregrinos a começar a etapa ao romper do dia.

Éramos tantos que houve uma ocasião em que quem ia à frente não viu a seta amarela e, como o pessoal ia tão perto, foram seguindo o líder. Vá lá que alguém que vinha mais atrás reparou e, à força de brado, lá uns quantos voltaram para trás para o bom Caminho.

 

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Passados uns quilómetros, apareceu uma banca com tudo o que o peregrino poderia precisar. Assim, no meio do nada, havia sacos, camisolas, pins, acessórios para os bastões, peúgas, tudo com desenhos adequados ao Caminho.

E, claro, também disponibilizava o carimbo para a credencial. Uma autêntica empresária que apostou numa localização excelente para o negócio.

 

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O percurso da etapa de hoje foi bastante agradável, em áreas florestais, quase sempre à sombra das árvores e perto de água, com algumas subidas e descidas. O maior banho de estrada foi num desvio provisório que nos tirou do bom caminho por qualquer motivo por nós desconhecido.

 

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E depois também houve quem tivesse “sentido de humor” e substituiu nos marcos a quilometragem pelo símbolo do infinito… Realmente, o Caminho é infinito.

Em Pontesampaio, a seguir à ponte de pedra de origem romana, com dez arcos, sobre o rio Verdugo, passou por nós um casal a fazer a peregrinação com uma miúda num normal carrinho de bebé, daqueles de cidade. Não sei como conseguiam passar por onde nós passámos, em troços a subir e de grandes pedregulhos. Mas lá iam andando…

 

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Entretanto, também passaram por nós uns carrinhos com pessoas com deficiência, puxados por voluntários. Ontem já os tínhamos visto ao longe, mas hoje, ao passarem por nós (e foram três ou quatro), não deixaram ninguém indiferente. Se disser que havia peregrinos de lágrimas nos olhos, não estou a mentir.

Mais ou menos a meio da etapa, mesmo no fim da última subida digna desse nome, estava uma rulote com comida e bebidas. Mais uma vez, a localização era tudo.

 

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E, para nós, foi ótimo. Descansámos, comemos muito bem, vimos um chapim de poupa, fomos assistindo à passagem dos escalfados peregrinos, bicigrinos, turigrinos e cãogrinos e, ainda por cima, obtivemos um dos mais criativos carimbos para a credencial.

Quem estiver a ler isto deve pensar que foram tudo rosas. Não foram, foram 23,6 quilómetros que culminaram com a chegada ao alojamento em Pontevedra. Num apartamento, num quarto andar… sem elevador!!!

 

 

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