Presidente da República apela ao voto e lembra situação internacional

Marcelo Rebelo de Sousa apontou a preocupação com “a urgência de acelerar a recuperação da economia”

Presidente da República na sua comunicação ao país – Foto: Manuel de Almeida | Lusa

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa apelou este sábado ao voto nas eleições de legislativas de amanhã, domingo, e considerou que é nos tempos difíceis “que mais importa votar”.

Numa declaração ao país na véspera das eleições legislativas, Marcelo Rebelo de Sousa apontou a preocupação com “a urgência de acelerar a recuperação da economia”, numa altura em que se sentem os efeitos da situação de tensão a nível internacional, lembrando as guerras na Ucrânia e em Gaza, as subidas de preços, os custos dos juros e alguns problemas sociais.

“Em tempos assim, em que as guerras vieram relançar guerras económicas e comerciais que esperávamos ultrapassadas pelo fim da pandemia, é nesses tempos que importa mais votar” disse o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou os efeitos do “compasso de espera provocado pelas guerras na saúde, na habitação, na educação e noutras áreas sociais, para os mais jovens sobretudo no desemprego, para os menos jovens sempre a garantia futura das pensões das reformas”.

“O que se passará lá fora este ano e nos anos seguintes?”, questionou o Presidente, para considerar que essa é “uma preocupação silenciada” que acaba por condicionar tudo o resto.

Marcelo Rebelo de Sousa mencionou as eleições norte-americanas, as eleições europeias, o futuro da guerra na Ucrânia, o Médio Oriente, as tensões no Mar Vermelho, a economia mundial e “novamente a subida de preços e o custo dos juros”.

Na sua mensagem, o presidente apelou à participação mesmo dos que “se cansaram ou desiludiram” e insistiu que é em “momentos mais graves como estes que mais importa votar”.

O Presidente lembrou também que em 2024 “passam 50 anos do 25 de Abril e 49 do primeiro voto direto de todas as mulheres e homens de mais de 18 anos em séculos de vida de Portugal”, numa alusão às eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.

“Fecha-se um ciclo de meio século da nossa história e abre-se outro com novos desafios, novas exigências, novas ambições, mas sempre com os mesmos valores: democracia, liberdade e igualdade”, disse.

“Porque os tempos são mesmo muito difíceis lá fora e por isso cá dentro, baixar os braços é sempre a pior solução”, lançou Marcelo Rebelo de Sousa para apelar ao voto, num momento “de dar nova vida em estabilidade e em segurança à nossa liberdade, à nossa igualdade, à nossa democracia”.

Mais de 10 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são chamados às urnas no domingo.

Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019.

 



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