“Estamos aqui perante todos vós para apresentar o nosso Plano de Ação para a próxima legislatura e assinar um compromisso de honra, porque nós somos do Algarve, não estamos aqui de passagem, esta é a nossa terra, vivemos aqui e só prometemos o que sabemos que podemos cumprir”, disse Jamila Madeira, cabeça de lista do PS às Eleições Legislativas de 10 de Março, numa sessão no café-concerto do TEMPO, em Portimão, que teve lugar ontem.
A iniciativa, que contou com a presença de vários autarcas, entre os quais a mandatária regional da candidatura do PS, Isilda Gomes, serviu para apresentar o Plano de Ação dos socialistas, assente em sete prioridades.
Na saúde, além do Hospital Central, que o PS garante «estar pronto para ser colocado em concurso», os socialistas afirmaram comprometer-se, «até ao final de 2026, com a construção dos novos centros de saúde de Albufeira, Faro, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo António e a requalificação dos atuais edifícios de Alcoutim, Aljezur, Lagos, Faro, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de António, num total de 47 milhões de euros, que estão totalmente garantidos no Programa de Recuperação e Resiliência».
A segunda área é «Garantir Água», tendo os candidatos do PS definido como objetivo a «construção da Central Dessalinizadora, um investimento de 90 milhões de euros que está em concurso, e a ligação do Algarve ao Alqueva, através do prolongamento da captação de água no Pomarão até ao grande lago do Alqueva, e, no Barlavento, interligando as barragens da Bravura, Santa Clara e Alqueva».
O PS recordou que «o Governo, as autarquias, as associações de agricultores e os agentes económicos acordaram num plano de eficiência hídrica para o Algarve», estando previsto o investimento de «237 milhões de euros para garantir água em qualidade e quantidade para a região».
Na mobilidade, os candidatos do PS salientaram que «estão a decorrer as obras de eletrificação da linha de caminho de ferro», garantindo que, «depois da redução de 60% das portagens entre 2015 e 2024, uma das primeiras medidas do Governo de Pedro Nuno Santos será a eliminação imediata das portagens na Via do Infante».
A «construção de um grande parque público de habitação acessível à classe média, aos jovens e aos trabalhadores» foi outro dos compromissos estabelecidos no Plano de Ação.
Os socialistas afirmaram que «estão muitas obras em curso» e que «alguns municípios já entregaram casas às famílias previamente inscritas», acrescentando que «o plano de investimento do Governo e das autarquias no Algarve ronda os 400 milhões de euros para a construção de habitação acessível».
Os candidatos defenderam igualmente que «a redução da dependência do turismo e a diversificação da base económica do Algarve é a chave para uma economia mais sustentável e para a criação de emprego de qualidade e mais bem remunerado».
Os socialistas apontaram os exemplos do Polo Tecnológico de Faro, Centro de Simulação Clínica, Algarve Biomedical Center, em Loulé, ou Parque Tecnológico CELERATOR, em Portimão, para mostrar o que foi realizado nos últimos anos em investigação e inovação.
Falaram também em «300 milhões de euros de fundos comunitários ativados para a região, para apoiar empresas e prosseguir na diversificação da economia em áreas como a agricultura e a floresta, o mar e a indústria naval».
«Um Algarve de excelência ambiental» foi outro dos compromissos assumidos pelos candidatos do PS. Deram o exemplo do trabalho desenvolvido para a futura classificação da Lagoa dos Salgados como reserva natural (processo que, no entanto, há meses está para decisão por parte do Ministério do Ambiente), bem como das reservas locais do Paul de Lagos, da ribeira do Trafal e foz do Almargem (ambas em Loulé), da preservação das Alagoas Brancas, em Lagoa, do santuário de cavalos marinhos na Ria Formosa e ainda da Reserva Marinha da Pedra do Valado.
Apontaram igualmente o caso da antiga Estação Agrária de Tavira transformada em Centro Interpretativo da Dieta Mediterrânica, preservando as coleções de variedades tradicionais de árvores fruteiras.
Por fim, os candidatos do Partido Socialista assumiraem que «o processo da regionalização é para avançar nesta legislatura».
O PS diz que, «consolidado o processo de transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e para os municípios, e destes para as freguesias, importa fechar o ciclo constitucional da descentralização e criar as regiões administrativas».
Comentários