Portimão reabre abrigo temporário para pessoas em situação de sem-abrigo

Abrigo tem capacidade para acolher 18 pessoas

O abrigo temporário para pessoas em situação de sem-abrigo de Portimão foi reaberto no dia 7 de Dezembro, anunciou a Câmara portimonense.

«Localizadas em pleno centro da cidade, e a funcionar diariamente até abril do próximo ano, das 20h00 às 8h00, as instalações beneficiaram recentemente de melhoramentos para proporcionar maior conforto aos utentes, tendo capacidade para acolher até 18 pessoas», segundo a autarquia.

Esta é uma «importante resposta social que tem vindo a ser adotada a partir da época natalícia e durante o período de inverno»,  que é gerida pelo MAPS – Movimento de Apoio à Problemática da SIDA, com um apoio financeiro 32 mil euros da autarquia, no âmbito do NPISA – Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Portimão.

Esta verba destina-se a assegurar as despesas associadas ao bom funcionamento do abrigo agora reativado.

«Através do apoio financeiro do município, o MAPS assegura os recursos humanos (dois ajudantes noturnos), a limpeza do espaço, o apoio alimentar, o tratamento de roupa e as despesas com luz e água, sendo disponibilizadas aos utilizadores as valências de acolhimento, refeição ligeira, dormida e balneário. As restantes entidades parceiras asseguram recursos materiais em conformidade com as suas disponibilidades e sempre que se justifique no âmbito do funcionamento do abrigo», segundo a Câmara de Portimão.

 

 

O abrigo temporário resulta do investimento do Município e do trabalho desenvolvido pelo NPISA de Portimão, «que desde 2020 tem proporcionado esta valência às pessoas em situação de sem-abrigo nos meses de frio, desde que estejam sinalizadas no Núcleo ou validadas pelo MAPS, também responsável pelo trabalho técnico de integração socioprofissional dos beneficiários».

O NPISA de Portimão foi constituído em 6 de Julho de 2020, na sequência da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2017-2023 e numa lógica de atuação local, «assentando o seu modelo de intervenção na premissa da rentabilização de recursos humanos e financeiros, bem como na necessidade de evitar a duplicação de respostas e qualificar a intervenção ao nível da prevenção de pessoas em situação de sem-abrigo e do acompanhamento junto dos utentes, centrando-se no indivíduo, na família e na comunidade».

O núcleo congrega diversas entidades locais e públicas, como as Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve – Hospital de Portimão (CHUA), a Associação para o Planeamento da Família (APF), a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Portimão, o GRATO – Grupo de Apoio aos Toxicodependentes e as Santas Casas da Misericórdia de Alvor e Portimão.

«A pessoa em situação de sem-abrigo é aquela que, independentemente da sua nacionalidade, origem racial ou étnica, religião, idade, sexo, orientação sexual, condição socioeconómica e condição de saúde física e mental, se encontre sem teto, vivendo no espaço público, alojada em abrigo de emergência, com paradeiro em local precário, ou sem casa, encontrando-se em alojamento temporário destinado para o efeito», enquadra a autarquia.

Numa lógica de parceria interinstitucional e resposta integrada junto das pessoas em situação de sem-abrigo na cidade, «o NPISA disponibiliza importantes recursos às pessoas que se encontrem em situação de sem-abrigo, nomeadamente alimentação, higiene pessoal, saúde, alojamento, atendimento social, lavandaria e barbearia social, sem esquecer o relevante papel de proximidade desempenhado pelas equipas de rua».

 

 



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