Sustentabilidade foi palavra de ordem na Conferência Mundial de Marinas em Vilamoura

O evento de três dias contou com a participação de mais de 350 delegados

«A perceção sobre as marinas tem de mudar: não basta tentar ser mais sustentável, temos de ser totalmente sustentáveis». Esta foi uma das conclusões da Conferência Mundial de Marinas do International Council of Marine Industry (ICOMIA) que terminou esta quarta-feira, 11 de Outubro, em Vilamoura. 

As palavras são de Darren Vaux, presidente do ICOMIA, que ficou incumbido de resumir os três dias da conferência.

As conclusões apontam para a importância da tecnologia, essencial para melhorar a experiência do cliente, bem como da capacidade de adaptação, uma faceta fundamental à medida que avançamos para o futuro.

Organizado pela Associação Portuguesa de Portos de Recreio (APPR), o evento de três dias contou com a participação de mais de 350 delegados da comunidade internacional do sector náutico e incluiu oradores, reuniões, debates e fóruns relacionados com as melhores práticas no mundo das marinas.

Os oradores abordaram temas muito variados, desde a cultura, a economia e o marketing até aos conselhos de interesse comercial específico sobre questões como o financiamento, as comunicações, a regulamentação e a fiscalidade.

Nuno Madeira, do Turismo de Portugal, sublinhou o forte crescimento que se tem verificado na indústria do turismo em Portugal, destacando as grandes oportunidades de investimento no país, incluindo no sector náutico.

A tecnologia disponível para tornar as operações das marinas mais eficientes e, ao mesmo tempo, proporcionar uma melhor experiência ao cliente, foi um dos principais temas abordados.

O conceito de Smart Marinas foi amplamente discutido, com a conclusão de que, embora a tecnologia seja um grande facilitador, não substitui as pessoas que proporcionam experiências excecionais aos clientes.

A segunda área de foco foi sobre como as inovações em tecnologia e sustentabilidade estão a ajudar a impulsionar o crescimento e a preservar a indústria.

A intervenção final da conferência, feita por Richard Bush, reconhecido especialista australiano na área do ambiente e sustentabilidade, apresentou uma visão perspicaz dos desenvolvimentos no Mar Vermelho e, em particular, dos planos ambiciosos da NEOM para construir um ecossistema de marinas do futuro, completamente sustentável e sem qualquer impedimento de infraestruturas ou formas de trabalho já ultrapassadas.

No encerramento, os organizadores da conferência, Isolete Correia, da APPR, e Martinho Fortunato, da Marina de Lagos, agradeceram a presença dos delegados, provenientes de mais de quarenta países de todos os continentes

Martinho Fortunato sublinhou a necessidade da mudança rumo à sustentabilidade, afirmando «o oceano é o nosso mundo e está em risco. Vamos contribuir para um melhor oceano».

No final, passaram o testemunho a Veneza, onde se realizará a próxima Conferência Mundial de Marinas, em 2025.

 



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