Gouveia e Melo defende atual combate ao narcotráfico que segue modelo «eficaz»

As comemorações do Dia da Polícia Marítima e da Direção-Geral da Autoridade Marítima decorreram entre de sexta-feira a domingo

O almirante Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, defendeu este domingo, 22 de Outubro, em Portimão, que as operações de combate ao tráfico de droga ao largo do Algarve têm sido um «sucesso assinalável» e que assentam num modelo «eficiente e eficaz». 

De acordo com o Correio da Manhã (CM), Gouveia e Melo, que participou nas comemorações do Dia da Polícia Marítima e Autoridade Marítima Nacional, considerou que estas operações, que têm juntado Marinha, Polícia Marítima, Força Aérea e também Polícia Judiciária, seguem um modelo que «melhor serve os portugueses».

«Pensar no mar como uma fronteira terrestre é um erro», alertou Gouveia e Melo, elogiando ainda, segundo o CM, a «total eficiência e eficácia» da Polícia Marítima.

«Todos somos poucos para o mar português», disse ainda.

Esta cerimónia foi presidida por Carlos Lopes Pires, secretário de Estado da Defesa Nacional, tendo contado com a presença de Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, Gouveia e Melo e João Dores Aresta, comandante-Geral da Polícia Marítima e diretor-geral da Autoridade Marítima.

No decorrer do evento, procedeu-se à imposição de condecorações a elementos da Polícia Marítima e da Direção-Geral da Autoridade Marítima e a uma homenagem aos elementos já falecidos, que prestaram serviço nestas entidades.

Devido às condições meteorológicas, não foi realizado o desfile de elementos e meios da Polícia Marítima e da Direção-Geral da Autoridade Marítima, assim como a demonstração de capacidades e desfile de meios náuticos.

Ao assinalar os 184 anos da Autoridade Marítima e os 104 anos da Polícia Marítima, o vice-almirante João Dores Aresta realçou que estas instituições sempre procuraram «estar próximo daqueles que usam o mar, das comunidades ribeirinhas, de todos os que dele precisam e, com isto, ao serviço dos portugueses e de Portugal».

Dores Aresta afirmou ainda que o foco principal é o de «preparar o futuro, sem deixar de responder às exigências do presente» e garantiu que prosseguirá, «com firmeza, o processo de adaptação e transformação da Direção-Geral da Autoridade Marítima e da Polícia Marítima».

Para o almirante Henrique Gouveia e Melo, é necessário encontrar soluções que respondam à «total disponibilidade, espírito de sacrifício, coragem e sentido do dever e da honra» daqueles que servem estas instituições, cumprindo «as missões, muitas vezes, fora das condições ideais, com risco e num ambiente agreste que é o mar».

Neste sentido, defendeu que o «modelo de uma Marinha pós-moderna, que inclui a Armada e a Autoridade Marítima Nacional, é o mais adequado a um país de recursos limitados face à dimensão e oportunidades/desafios que a enorme extensão das águas sob soberania ou jurisdição nacional acarretam».

Na sua intervenção, o secretário de Estado da Defesa Nacional destacou a importância da ligação entre a Polícia Marítima e a Marinha Portuguesa.

«Os sólidos contributos para a segurança nacional e europeia têm sido muito merecidamente reconhecidos e valorizados e o mérito é inteiramente da Autoridade Marítima Nacional e da Polícia Marítima», declarou, manifestando ainda o seu apreço «pela dedicação e empenho das mulheres e dos homens que, ao enfrentar desafios de diversa índole, demonstram coragem, dedicação e profissionalismo em todas as missões que lhes são cometidas».

As comemorações do Dia da Polícia Marítima e da Direção-geral da Autoridade Marítima 2023 decorreram entre de sexta-feira a domingo e contaram com várias atividades direcionadas ao público, como a exposição de meios da Polícia Marítima e da Direção-Geral da Autoridade Marítima e batismos de mar, a bordo de diversas embarcações da Polícia Marítima e da Direção-Geral da Autoridade Marítima, bem como um Concerto da Banda da Armada, no Teatro Municipal de Portimão.

 



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