É Timing de Alô Pizza

Empreendedor farense de 37 anos quer ter «o maior grupo empresarial da região até 2030»

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

A pizza vai continuar a saber ao mesmo, é possível pedir massa fina ou massa fofa e as caras que por lá encontra também serão as habituais. Após 30 anos de história, a Alô Pizza mudou de dono, mas o objetivo é «manter tudo aquilo que está bem» para que continue a ser «a número 1», mas não apenas em Faro. 

A Alô Pizza nasceu na capital algarvia pelas mãos de um casal que achou que «estava na altura de outras pessoas poderem conduzir os destinos da empresa, tentando dar seguimento a algumas das ideias que eles próprios já tinham», conta o empresário Ricardo Mariano, CEO do grupo Timing, que é o novo proprietário desta pizzaria desde o dia 1 de Julho.

Como em todos os negócios em que entra, Ricardo Mariano, de 37 anos, tem um objetivo bem definido para a Alô Pizza: «deixar os pilares, manter a qualidade» e, já em 2024, abrir mais espaços.

Quando a «transformação digital da empresa estiver feita», o plano de expansão passará pela abertura de um terceiro espaço, num dos shoppings algarvios, onde será testado o formato de pizza à fatia.

«Esse é o desafio e é para lá que nos dirigimos, já no primeiro semestre de 2024», anunciou o empresário, em entrevista ao Sul Informação, explicando que a marca vai funcionar em três formatos.

 

Interior de um dos espaços da Alô Pizza atualmente – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Assim que este processo de modernização interna terminar, no final do ano, vamos depois dar início ao plano de expansão, com unidades próprias, novas aberturas pelas nossas mãos, noutras geografias do Algarve, bem como o lançamento em modelo de franchising, que foi também o que nos levou a comprar a empresa. Assim, outras pessoas poderão ter a sua Alô Pizza, noutras geografias do Algarve ou fora da região, num dos três formatos que nós vamos apresentar: restaurante com delivery e takeaway [opção que existe em Gambelas], uma segunda opção apenas com takeaway, que é nossa atual realidade na Baixa de Faro, ou em ambiente de shopping, com opção à fatia».

De acordo com Ricardo Mariano, por dia, a Alô Pizza vende pelo menos 200 pizzas e, «nos dias fortes», chega a vender entre 400 e 500.

«Nós temos os dados dos nossos concorrentes e estamos seguros de que ninguém vende mais pizzas em Faro do que nós. Temos desde pessoas com uma idade muito avançada que não abdicam da sua pizza naquele dia da semana e que o fazem há, se for preciso, 20 e tal anos. Pessoas que todas as sextas-feiras fazem a mesma encomenda, da mesma pizza, do mesmo tamanho (…), é muito engraçado. Por outro lado, temos uma comunidade estudantil que está em constante renovação e que, de facto, também é um público que adere muito à Alô Pizza», diz Ricardo Mariano.

Quanto aos funcionários e fornecedores, não há dúvidas em relação a querer manter os já existentes.

 

Restaurante Alô Pizza em Gambelas – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«O que transmitimos a todos os fornecedores e funcionários foi que queremos continuar a trabalhar com eles. Nós não chegamos numa ótica de que sabemos tudo e não precisamos de ninguém, é exatamente o contrário. Os parceiros que ajudaram a Alô Pizza a crescer até hoje são aqueles que nós queremos ao nosso lado», garante Ricardo Mariano.

O conhecido empreendedor algarvio, CEO do grupo Timing, abriu a sua primeiro empresa aos 21 anos e, desde aí, foi sempre a crescer. Neste momento, além da Alô Pizza, é detentor de mais 10 empresas.

Começou pela SW, uma empresa de recursos humanos, na qual trabalhou durante sete anos. Pelo meio, aos 24 anos, abriu outra empresa, a pens.pt, «que foi líder de mercado em Portugal durante muito tempo», e que se mantém aberta até hoje.

«A visão estratégica que eu tenho hoje, com toda a certeza, não tinha aos 18 anos, mas tinha uma vontade e sede enorme de vencer, trabalhar, apresentar resultados, de resolver problemas e de ter brio profissional», confessa Ricardo Mariano.

Em 2015, o empresário deixa a SW e abre a Timing, a sua própria empresa de trabalho temporário, naquele que considera «o maior desafio» da sua vida e que é hoje «a maior entidade empregadora do setor privado no Algarve».

Da hotelaria à construção, passando pela distribuição e restauração, todos os anos são centenas as pessoas a quem a Timing ajuda a encontrar «o melhor trabalho adaptado às suas características», «tentando fazer o match ideal» entre os trabalhadores e as 600 empresas parceiras, em todo o país.

Apesar de hoje ser uma empresa que fatura cerca de 30 milhões por ano, Ricardo Mariano recorda que «começou do nada», «sem apoio financeiro familiar».

«Os primeiros dois anos da Timing foram muito difíceis porque eu quis, desde o primeiro dia, levar a empresa para o campeonato dos grandes», onde diz que foi possível chegar com «o apoio de toda a equipa, que também foi alimentando esta ambição».

 

 

Para Ricardo Mariano, «um dos maiores prazeres desta atividade é poder dar oportunidades a quem não as tem».

«Por norma, o objetivo de um hotel de eleição é tentar recrutar pessoas com o melhor perfil possível, sabendo nós que o fator idade e apresentação por vezes pesa bastante. Quando somos nós a tomar a decisão de quem é que vamos colocar num determinado posto que foi entregue à Timing, nós temos o privilégio de poder decidir qual é a pessoa que consideramos melhor para ocupar aquele cargo e, em algumas ocasiões, quando dás oportunidade a pessoas com idade mais avançada para mostrarem o que valem, é muito valioso», considera, reforçando que muitas vezes estas pessoas não conseguem «pela porta principal».

Mas, à Timing, juntam-se mais empresas: o ginásio Place, uma lavandaria tradicional e outra self-service, a Timing Outsourcing (essencialmente de limpeza), três projetos de restauração, vendidos durante a pandemia, (Timing Café, Papaya e Oh My Dog), a Brindes 360 (que está no mercado com a USB Spot e a Brindes Ecológicos), a Vendingway, Proinvest (uma imobiliária de empresas), a Lets Buy Robots.com e a Dear Faro, uma guesthouse com 14 quartos.

«O nosso objetivo é ser o maior grupo empresarial da região até 2030, em quatro pilares: por volume de faturação, por resultados líquidos, por número de colaboradores e por boas práticas internas e externas à organização», remata Ricardo Mariano, reforçando que o objetivo será sempre «deixar o nome na história».

Nova fase da Alô Pizza assinalada com Festa Solidária

A Timing quis marcar o começo desta nova etapa da Alô Pizza com uma festa solidária, durante a qual ofereceu 100 pizzas a diferentes associações de Faro – a AIPAR, Associação de Proteção à Rapariga e à Família, o Instituto D. Francisco Gomes – Casa dos Rapazes, a APPC Faro – Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro, e AAPACDM – Associação Algarvia de Pais e amigos de crianças diminuídas mentais e a APATRIS 21.

O almoço aconteceu no restaurante Alô Pizza das Gambelas, enquanto outras dezenas de pizzas foram entregues diretamente nas associações, e até na praia de Faro.

Inês Narciso, gestora do departamento de responsabilidade social do Grupo Timing, diz que «esta iniciativa de solidariedade social foi pensada para apoiar a nossa comunidade e proporcionar um dia divertido e saboroso a estes grupos mais vulneráveis. É fundamental que, cada vez mais, as empresas criem um compromisso e assumam a responsabilidade social perante a comunidade. Viver estas experiências é enriquecedor para quem dá e para quem recebe, são momentos, sorrisos e partilhas que ficam na memória de todos».

Patrícia Banza, diretora técnica do Lar Residencial e da Residência Autónoma da APPC, uma das associações que estiveram presentes na iniciativa, destaca que «é com enorme alegria e satisfação que os clientes e os colaboradores do Lar Residencial e da Residência Autónoma da APPC Faro agradecem a participação na Festa Solidária da Alô Pizza, gentilmente proporcionada pelo Departamento de Responsabilidade Social do Grupo Timing, no dia 1 de agosto, nas nossas instalações».

«A chegada das pizzas constituiu um fator surpresa, traduzindo-se num momento muito feliz que, sem dúvida, se reflete no bem-estar dos nossos jovens!», continuou.

 

Leia mais um pouco!
 
Uma região forte precisa de uma imprensa forte e, nos dias que correm, a imprensa depende dos seus leitores. Disponibilizamos todos os conteúdos do Sul Infomação gratuitamente, porque acreditamos que não é com barreiras que se aproxima o público do jornalismo responsável e de qualidade. Por isso, o seu contributo é essencial.  
Contribua aqui!

 



Comentários

pub