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O fecho das piscinas municipais nas áreas do litoral, a redução dos dias de rega e a cessação da rega dos espaços verdes públicos relvados, com reconversão para espécies autóctones e com necessidades menores de disponibilidade hídrica, são algumas das medidas de poupança de água decididas numa reunião da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, hoje, sexta-feira, dia 2 de Junho.

Esta decisão é tomada um dia depois do Governo ter decretado a redução em 20% da quota de água para uso agrícola e para campos de golfe na Barragem de Odeleite, entre outras medidas, devido à seca que afeta a região.

Antes da reunião do Conselho Intermunicipal da AMAL, de onde saíram estas medidas, Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente, falou com os presidentes de Câmara algarvios por vídeo conferência, e deu conta, de viva voz, das medidas ontem anunciadas após o Conselho de Ministros, revelando que, até ao final deste mês, será conhecido o local onde irá ser instalada a central de dessalinização.

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No final da reunião do órgão que junta os 16 presidentes de Câmara do Algarve,  e «face ao grave período de seca que a região atravessa, os municípios do Algarve avançam com várias medidas de contingência, assumindo, também, um desígnio regional de chegar ao final deste ano com um aumento de 0% no consumo de água, em relação ao ano de 2019, ano em que se registou um número recorde de turistas na região», segundo a AMAL.

Estas medidas são as mesmas que foram implementadas no ano passado «e que, efetivamente, deram frutos na redução do consumo de água». Tais medidas serão agora «reforçadas em todo o território, nomeadamente: a redução do consumo público de água nos jardins, encerramento antecipado das piscinas municipais, com exceção das piscinas nos territórios mais do interior, assim como a redução de lavagens de rua e a eliminação de lavagem de equipamentos, exceto a lavagem de contentores de higiene urbana».

António Pina, presidente da AMAL, assegurou que  os municípios estão a fazer a parte que lhes compete, ainda que o seu consumo represente «apenas cerca de 10% da água consumida no Algarve», sendo os restantes 90% «da responsabilidade de particulares».

«Todos temos de ter consciência de que este é um problema muito sério, um problema grave que afeta seriamente o presente e o futuro do Algarve, e todos temos de contribuir para tentar inverter o atual cenário, que é muito preocupante», avisou o também presidente da Câmara de Olhão.

Em declarações à Antena 1, à margem da sessão, o presidente da AMAL reforçou que «o Algarve passa por uma situação muito difícil a curto prazo. A médio/longo prazo, estaremos mais robustos, porque o Algarve não quer e não pode abdicar de ter agricultura e campos de golfe».

«Percebemos que é preciso fazer agora um stop, porque não há água para mais. Mas o nosso objetivo, enquanto região, diversificando a economia e tendo um turismo que reduz a sazonalidade, queremos mais agricultura no futuro, eficiente do ponto de vista da utilização da água, e também queremos mais golfe», assegurou.

Para já, e a partir de dia 15 deste mês, vai ser lançada uma campanha de sensibilização, junto da população, a apelar à poupança de água e a que o consumo se restrinja apenas ao absolutamente necessário no dia-a-dia das pessoas.

O presidente da AMAL defendeu a «penalização de consumos excessivos», ou seja, «penalizar quem não cumpre e realiza consumos desnecessários».

Para isso acontecer, «será necessária a implementação de instrumentos legislativos, ou seja, alterações à Lei da Água, que permitam aumentar as taxas a pagar quando se verifiquem consumos que não se justifiquem», enquadra a AMAL.

António Pina lembrou ainda que os 16 municípios da região têm estado, desde o ano passado, a trabalhar no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência, nomeadamente na redução de perdas de água no setor urbano.

 

 

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