Nesta loja, há peças em madeira reciclada com design contemporâneo para todos os gostos

Two Dogs já tem loja física, em Faro

Bruno e Filipa Martins, fundadores da Two Dogs – Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

Tudo começou em 2014, quando Bruno Martins começou a fazer pranchas de surf em madeira. O gosto pela arte de trabalhar este material único foi-se intensificando e a pandemia serviu de incentivo para dar à Two Dogs outra vida.

Com as peças que fazia «para se entreter», surgiu a ideia de criar um negócio, «mais sério», e a vontade de participar em mercadinhos, juntamente com a mulher, para mostrar o trabalho a outras pessoas. «Com os mercadinhos, vimos que os nossos produtos começaram a ter muito boa saída e a verdade é que já lá vão dois anos disto», diz Bruno Martins, o autor de todas as peças.

Nestes dois anos, a Two Dogs esteve incubada na QRIAR – Incubadora Criativa do Algarve, lançada pela cooperativa QRER, que os tem ajudado a desenvolver vários aspetos, nomeadamente os mais ligados ao negócio.  Depois de venderem peças para todo o mundo, Bruno e Filipe acharam agora que estava na altura de avançar para uma loja física, em Faro.

«Nos mercadinhos, as pessoas perguntavam sempre se nós tínhamos uma loja e nós dizíamos que não, até que começámos a perceber que podia ser uma aposta. Além disso, dá mais credibilidade aos produtos. Algumas das nossas peças são caras e assim as pessoas sabem que têm um sítio onde se podem dirigir caso necessitem de algum esclarecimento», afirma Filipa Martins ao Sul Informação no dia de inauguração da loja, a 21 de Janeiro.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Na Two Dogs, localizada na Rua da Misericórdia, em Faro, junto ao Arco da Vila, há peças para todos os gostos, que vão desde as tábuas, às bases para copos, colheres de pau, suportes de cápsulas de café, tabuleiros ou peças simplesmente decorativas. Os preços variam entre os 5 e os 120 euros.

Quem lá entra, sente de imediato o cheiro a madeira e é impossível que não se perca a apreciar o detalhe das peças feitas a partir de material reciclado.

«Tudo o que aqui está é feito a partir de madeira de mobiliário antigo que as pessoas descartam. O meu trabalho é desmontar tudo e trabalhar a madeira até chegar a este resultado final», explica Bruno Martins, frisando que uma tábula leva, em média, duas horas a ser feita.

Apesar de «nenhuma peça ser exatamente igual à outra», Bruno diz que, se as pessoas quiserem encomendar determinada peça, podem fazê-lo. Os pedidos têm sido muitos e até já enviaram trabalho para o estrangeiro.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Acho que muitas pessoas já têm a noção de que o trabalho artesanal deve ser pago. E por isso dão valor ao facto de serem produtos a partir de material reciclado, feitos manualmente e que são peças únicas», diz Filipa Martins.

Bruno acrescenta ainda que já teve «clientes que compraram tábuas no IKEA, mas que depois as trouxeram cá para as restaurarmos».

No dia em que abriram pela primeira vez as portas da loja, receberam dezenas de visitas e venderam até algumas peças. «Do primeiro dia, não nos podemos queixar, agora é ver como corre», remata Bruno Martins.

A loja está aberta de segunda a sexta-feira, entre as 10h30 e as 17h00 e ao sábado até às 19h00. Pode segui-la na página de Facebook , no Instagram ou no seu site na internet. 

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

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