O alfarrabista Simões, figura emblemática de Faro, morreu esta sexta-feira, 2 de Dezembro, aos 79 anos.
Carlos Simões teve, durante décadas, uma livraria na Rua do Alportel, antes de ter sido alvo de uma ordem de despejo de 2015.
Na altura, a Câmara de Faro inventariou tudo o que lá ficou e várias entidades públicas, entre bibliotecas e serviços municipais, ficaram com a larga maioria das obras.
O muito que sobrou – 600 mil livros – foi dado: a 4 de Fevereiro, o senhor Simões abriu as portas da antiga livraria a todos para levarem os livros que restassem.
Depois de sair da Rua do Alportel, o alfarrabista, que foi galardoado com uma medalha de mérito, grau prata, pela Câmara de Faro, instalou-se na Praceta do Rodolfo, perto da Rotunda do Hospital.
Em 2017, em entrevista ao Sul Informação, o comerciante queixava-se do facto de, atualmente, «a maioria das pessoas só querem livros dados e de ocasião».
«Há ainda alguns leitores e investigadores, que buscam livros específicos e me contactam. Há pessoas que cá vêm regularmente, nomeadamente pessoas que são de outras regiões e que, sobretudo no Verão, aproveitam para vir aqui comprar livros», disse também.
Segundo a agência funerária Correia, o velório começará às 10h30 desta segunda-feira, 5 de Dezembro, na Igreja de São Luís.
O funeral está marcado para 12h00 no Cemitério Novo de Faro.