Zambujo, Rita Red Shoes e Cunhal entre as atrações do Cineteatro Louletano em Setembro

Em Setembro

Imagem de Arquivo – Foto: Flávio Costa

A  programação do Cineteatro Louletano regressa em Setembro com António Zambujo, Rita Red Shoes, Shakespeare, uma orquestra jovem, um filme sobre Álvaro Cunhal e uma forte preocupação com a inclusão.

A programação da 2ª temporada de 2022 deste espaço cultural de Loulé arranca no dia 4, às 17h00, com um concerto único que envolve a Jovem Orquestra Portuguesa (JOP), o Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado e várias dezenas de alunos de música clássica vindos de múltiplas escolas de música do Algarve.

«Os alunos vão enfrentar um estágio de vários dias com um dos maestros mais reputados a nível nacional, Pedro Carneiro, que é também diretor artístico da JOP e da Orquestra de Câmara Portuguesa», segundo a Câmara de Loulé.

No dia 9, uma sexta-feira, às 21h00, Rita Redshoes vai subir ao palco para apresentar o seu álbum “Lado Bom”, acompanhada pela Filarmónica Artistas de Minerva, uma das bandas filarmónicas mais antigas do país, no seguimento de um desafio lançado pelo Cineteatro Louletano.

 

Dia 10, arranca a oficina “Técnicas radicais de teatro e dança para jovens performers”, com Joana Pupo, baseada no espetáculo “Uma peça feliz e directa sobre a tristeza”, que esteve em cena no CTL, «partindo de um encontro com o público para falar sobre a tristeza, o isolamento e a desadaptação».

A oficina estende-se pelos dias 11, 17 e 18, entre as 10h00 e as 18h00.

Dia 11, domingo, às 17h00, a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve – atua em Loulé, com a peça “À Deriva”.

Este é um trabalho «que se baseia num caso verídico durante o apartheid na África do Sul, na ilha-prisão de Robben, onde Nelson Mandela viveu 27 anos».

«Dois companheiros de infortúnio partilham a mesma cela; durante o dia realizam trabalho forçado e à noite ensaiam a Antígona, de Sófocles, que querem apresentar na prisão. A peça faz um paralelo com outras ‘ilhas’: os migrantes do Mediterrâneo, a escravatura dos dias de hoje e o tráfico humano», descreve a autarquia.

Segue-se o cinema, a ser exibido no auditório do Solar da Música Nova, sempre às 21h30. No dia  13, será exibido “Un Beau Voyou”, de Lucas Bernard (2018), no âmbito do ciclo “Filme Francês do Mês”. Neste policial, «o comissário Beffrois, prestes a reformar-se, acaba por ser arrastado para um caso entusiasmante, do roubo de um quadro importante».

Já a 16, o público poderá assistir a um filme estreado em Maio, no Indie Lisboa: “O Jovem Cunhal”, de João Botelho.

«Duas personagens investigam sobre os primeiros anos de vida e militância de Álvaro Cunhal. Nos interstícios da investigação, breves encenações de passagens dos livros desta figura incontornável da política portuguesa», descreve a Câmara.

 

 

No dia 18, às 17h00, sobe ao palco a Orquestra de Jazz do Algarve, acompanhada por Rick Margitza, «saxofonista norte-americano que despontou das últimas formações de Miles Davis nos anos 80 e que traz na bagagem uma série de temas e orquestrações originais. Vânia Fernandes é a voz de outros tantos temas do cancioneiro jazz».

Entre 22 e 24 de Setembro chega a Loulé o Festival Política, que já esteve em Lisboa e em Braga.

«São três dias preenchidos com filmes, música, humor, conversas, workshops e instalações. A programação tem como foco os direitos humanos e a desinformação, enquanto ameaça à democracia. Todas as atividades são de acesso gratuito. O Festival inclui interpretação em Língua Gestual Portuguesa», resume a autarquia.

A 25, domingo,às 17h00, o Cineteatro Louletano acolhe “António Zambujo, voz e violão”, trabalho inspirado no álbum homónimo de um dos mestres da Bossanova, o brasileiro João Gilberto, que lançou “João, voz e violão” em 1999. O espetáculo terá também Língua Gestual Portuguesa.

No dia 26, começa uma residência englobada no Festival Verão Azul (bianual), com o trabalho “Pinturas Cantadas”, aberto à comunidade.

«“Pinturas Cantadas” é uma performance sonora que parte de conversas com indivíduos e que entrelaça música, histórias de vida e imagem. O som feito ao vivo mistura-se com gravações de campo e de estúdio. A linguagem das “music machines” contemporâneas mistura-se com algumas práticas sonoras ancestrais».

No dia seguinte, 27 de Setembro, decorrerá uma oficina de teatro, inspirada em “Romeu e Romeu”, trabalho do LAMA Teatro que sobe ao palco no dia 29, às 21h00, mas que tem várias sessões para escolas nos dias 27, 28 e 29.

A 29, às 21h00, o espetáculo é para o público em geral, «tentando responder à pergunta: “O que é que matou o amor?”. Partindo de uma ideia de amor de Shakespeare na sua obra primordial, ‘Romeu e Julieta’, Romeu e Romeu – que terá audiodescrição, para pessoas cegas ou com baixa visão – é um lugar de provocação, de provocações sobre a inevitabilidade».

 

 



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