Vem aí mais uma onda de calor, a 3ª deste Verão

Estas condições meteorológicas constituem condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais

Temperaturas mais altas que o normal para a época, em especial no Centro e Norte de Portugal, vão marcar os próximos dias em Portugal Continental, segundo previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Uma subida que pode mesmo dar lugar a uma onda de calor, a terceira a ocorrer desde Junho.

O Algarve até será, apesar de tudo, das regiões menos quentes do país, embora a temperatura deva atingir 38 e 39ºC em Alcoutim, entre sexta-feira próxima, dia 19, e segunda-feira, dia 22 de Agosto.

Mas nem isso é de estranhar já que Alcoutim, no interior, embora à beira do rio Guadiana, costuma ser o local mais quente de toda a região algarvia.

Não muito atrás, ficarão Silves (que entre sexta e domingo terá 36ºC de máxima), Castro Marim, Loulé e São Brás, todas a atingir os 36ºC no domingo.

No litoral do Barlavento Algarvio, com também é habitual, as temperaturas deverão ser um pouco mais baixas, prevendo-se, no domingo, uma máxima de 34ºC em Lagoa, 33ºC em Portimão, 29ºC em Lagos e 25ºC em Sagres.

No distrito de Beja, as temperaturas mais altas serão atingidas em Mértola (39ºC no sábado), Ferreira do Alentejo (38ºC) e Barrancos (37ºC), A capital de distrito terá temperatura máxima entre 37ºC.

A juntar às altas temperaturas diurnas, a mínima noturna não deve ser inferior a 20ºC, dando origem a noites tropicais.

Mas os próximos dias serão ainda marcados por baixa da humidade do ar e aumento do vento. Assim, de acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevêem-se condições de tempo quente e seco.

A humidade será inferior a 30%, com tendência para descida a partir de amanhã, dia 18 de Agosto, inferior a 20%, com fraca recuperação noturna.

Por seu lado, o vento predominante será de norte, até 45 km/h, com rajadas até 60/65 km/h. Com tudo isso, o índice de risco de incêndio estará no nível Máximo, no Algarve.

O Centro Municipal de Emergência e Proteção Civil de Portimão, em nota à população, sublinha que estas condições meteorológicas constituem «condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais, com dificuldade na sua supressão», podendo ainda afetar «grupos populacionais mais vulneráveis», como os idosos, as crianças e pessoas com doenças crónicas, nomeadamente do foro respiratório.

Esta quarta-feira, depois de uma reunião com os ministros da Administração Interna e da Agricultura, o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou que o país vai passar por uma terceira onda de calor a partir de sábado, dia 20.

Segundo Miguel Miranda, citado pelo Público, o perigo existe «em particular aqui no continente». «Passámos uma onda de calor de grande intensidade que chegou a temperaturas que quase rondaram os 50º graus [Celsius]. Passámos uma segunda onda de calor com menos intensidade mas, mesmo assim, com muito impacto. E vamos passar uma terceira onda de calor provavelmente dentro de dias».

O presidente do IPMA salientou que «o problema do perigo de incêndio rural em Portugal está ainda a meio da campanha. Falta metade de Agosto, Setembro e não sabemos quanto tempo de Outubro. Temos um sistema natural que está extremamente fragilizado e temos ainda um mês e meio pela frente, pelo menos, para sermos capazes de ultrapassar».

«As previsões não são positivas do ponto de vista da precipitação», acrescentou, dizendo que provavelmente «Setembro será um pouco mais seco e um pouco mais quente», a exemplo dos meses anteriores.

Tendo em conta as previsões, o ministro da Administração Interna não exclui o regresso à situação de alerta ou de contingência. De visita ao IPMA, esta manhã,
José Luís Carneiro disse que o cenário vai continuar a ser avaliado, tendo em conta o risco acrescido de incêndios florestais.

 

 



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