Um recinto maior, mais um palco e (claro) muita música portuguesa: assim vai ser o Festival F

Cartaz pretende «traçar uma radiografia do que é a música portuguesa» numa oferta «ampla e diversificada», afirma Vasco Sacramento, programador do Festival F

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

Um recinto com 51 mil metros quadrados, nove palcos e 45 concertos é o que se pode esperar da 7.ª edição do Festival F, que agora regressa aos moldes habituais, depois de dois anos marcados pelas restrições da pandemia. 

Apesar de haver algumas novidades – como um recinto com mais 10 mil metros quadrados, um novo palco, uma zona de arraial e a abertura da Fábrica da Cerveja – o festival mantém a sua identidade e, para Vasco Sacramento, programador do Festival F, esta é a melhor notícia que pode haver.

«Vamos voltar a fazer o que fizemos até à pandemia e isso é a melhor notícia neste momento. O mundo mudou muito nestes três anos e, de certa forma, vamos testar como as pessoas reagem a uma proposta semelhante ao que se fazia até à pandemia», disse aos jornalistas na apresentação do cartaz que decorreu esta quarta-feira, 20 de Julho, ao final da tarde, no terraço do Capitólio, em Lisboa.

«A ideia este ano é celebrar aquilo que sempre fizemos e, de alguma forma, matar as saudades ao público do Festival F que as pessoas conhecem, depois de dois anos em que houve um substituto», continuou.

 

Vasco Sacramento, programador do Festival F. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, mostrou-se também muito contente com este regresso.

«É uma alegria enorme poder voltar a organizar e trazer o Festival F à Vila Adentro, depois de dois anos em que não aconteceu nos moldes habituais.  Ao longo deste período, Faro foi, aliás, dos municípios que mais persistiu na ajuda ao setor cultural, tendo sempre feito questão de se adaptar às exigências de cada momento para que o F, a cultura e a música portuguesa nunca perdessem o seu espaço. Este ano, voltamos felizmente a poder celebrar o Festival F tal como o conhecemos e aguardamos por todos, em Faro, nos dias 1, 2 e 3 de Setembro, com a melhor música portuguesa», afirmou o autarca.

Em relação aos novos espaços, Paulo Santos, vice-presidente da Câmara de Faro, frisou terem sido criados para um maior conforto dos visitantes.

 

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro e Paulo Santos, vice-presidente da Câmara de Faro. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Com muito agrado nosso conseguimos voltar a um dos primeiros palcos do F, que é o palco Quintalão, junto ao Castelo. Com este envolver da muralha no recinto, criámos também aquela zona de relva muito confortável e simpática junto à muralha e aí achámos que fazia sentido um conceito mais popular e de convívio – o arraial do F», revela.

No que ao cartaz diz respeito, Vasco Sacramento, programador do festival e CEO da Sons em Trânsito, frisa que as escolhas pretendem «traçar uma radiografia do que é a música portuguesa» numa oferta «ampla e diversificada».

«Este ano, tentámos refletir aquela que é a matriz multicultural, cosmopolita e universalista do nosso país: um país cada vez mais aberto a outras culturas e a uma relação cada vez mais próxima com as nossas raízes, mas também com as influências de outros países falantes de língua portuguesa», afirmou.

«Tentar refletir essa diversidade no cartaz deste ano foi uma das nossas principais preocupações», rematou.

Dino D’Santiago, Bárbara Bandeira, Agir, José Cid com a Orquestra Clássica do Sul, Miguel Araújo, Irma, Richie Campbell, The Black Mamba, HMB, Luís Trigacheiro, Wet Bed Gang, Milhanas, Rita Rocha e Danni Gato são alguns dos nomes do cartaz.

Na apresentação do Festival F, em Lisboa, estiveram também presentes vários artistas.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

O Festival F realiza-se de 1 a 3 de Setembro e até ao final do mês é possível adquirir os primeiros 1000 bilhetes em pré-venda (20 euros bilhete diário e 45 euros passe geral de três dias).

A partir de 1 de Agosto, o bilhete diário passa a custar 22 euros e o passe geral 54 euros.

 

 



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