Um «desempenho vergonhoso». É assim que o Farense define a arbitragem de João Pinho, no jogo desta terça-feira, 8 de Fevereiro, frente ao Feirense que os algarvios perderam por 4-1. Num comunicado sem papas na língua, a SAD da equipa de Faro também pede que o VAR seja alargado à II Liga.
Os erros de arbitragem, apontados pelo Farense, são sobretudo três: o primeiro golo do Feirense, aos 17′, que surge de uma «falta muito duvidosa», um pénalti por marcar, aos 45′, para os algarvios, por «evidente mão na bola» e a grande penalidade assinalada, aos 47 minutos, para o Feirense, «num lance em que não existiu qualquer irregularidade».
Num extenso comunicado, a SAD do Farense não poupa nas críticas à arbitragem de João Pinho que, defendem, «nos impediu claramente -de ter francas possibilidades de discutir o resultado na casa de um dos mais fortes candidatos à subida de divisão».
Além dos erros de análise, o Farense considera que João Pinho teve, «durante todo o encontro, uma atitude intimidatória para com os jogadores e equipa técnica».
«Perante estes factos, televisionados em direto, não podemos guardar a nossa indignação e repúdio – uma vez mais – embora nos tenhamos mantido em silêncio sobre o tema “arbitragens” a época toda. Todavia, uma vez mais também, e após o que sucedeu na temporada transata com amplo reconhecimento público, e também já por diversas vezes na presente temporada, não podemos calar a nossa voz sempre que formos fortemente lesados», diz a SAD do Farense.
Uma das medidas defendidas pelos algarvios é a introdução do VAR (video-árbitro) também na II Liga.
Esta «homogeneização» – a tecnologia já está em vigor na I Liga há algumas temporadas – «começa a tornar-se imprescindível em nome da dita verdade desportiva do nosso futebol profissional. Sabemos que o VAR, por si só, não resolve todos os problemas mas ajudaria certamente a reduzir o erro humano».
Os algarvios revelam que vão «denunciar» as suas preocupações «junto de todas as instituições que têm a obrigação de garantir uma sã competição profissional em Portugal, esperando que as mesmas não “caiam em saco roto”».
«O desempenho vergonhoso de uma equipa de arbitragem, presenciado na Feira, não se deve repetir. Não se pode repetir em nenhum campo. Não são aceitáveis mais palavras vãs e inócuas, sem consequências, de simples lamento e condenação. E os protagonistas que se comportem de forma incompetente e arrogante têm de ser responsabilizados», conclui o comunicado.
Comentários