Diagnosticar possíveis doenças hereditárias e a tendência para desenvolver certas patologias, adaptando também os tratamentos aos utentes. Estas são as grandes mais valias do primeiro laboratório de investigação genética do Sul do país que vai nascer no Algarve, já em Janeiro do próximo ano.
Este é um projeto que resulta de de um acordo de colaboração entre o Algarve Biomedical Center (ABC) e o grupo espanhol Health in Code.
Em declarações ao Sul Informação, Nuno Marques, presidente do ABC, explicou que a ideia para criar um laboratório deste género no Algarve «já existia há dois anos», mas foi atrasada devido à pandemia.
«O que nós vamos poder fazer, na região, é o diagnóstico de possíveis doenças hereditárias e identificar, também, quais são as melhores opções terapêuticas», enquadrou.
Através dos testes genéticos, é possível perceber se existe tendência para desenvolver certas patologias e diagnosticar mais de mil doenças raras.
No caso da cardiologia, a realização destes testes permite identificar patologias associadas à morte súbita e a outras doenças que afetam o coração.
Segundo Nuno Marques, «há, por exemplo, muitos tipos de cancro em que o tratamento é escolhido de acordo com as mutações genéticas presentes» e que serão analisadas neste laboratório.
O ABC vai fazer testes em áreas como a neurologia, pneumologia e oncologia, algo crucial para a tal escolha do melhor tratamento para cada doente.
De resto, a abertura deste espaço vai fazer com que as amostras «deixem de ir para Lisboa ou para o Porto, como acontece agora».
Quando abrir, em Janeiro de 2022, o laboratório “Genelab by ABC”, que tem financiamento europeu de mais de 1 milhão de euros, vai ficar nas instalações da Universidade do Algarve, passando, depois, para o novo edifício, dedicado à saúde e investigação, que será construído em Loulé.
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