Algarve volta a defender que ligação ferroviária a Huelva e Sevilha é «prioritária»

Associação Cívica Cidade de Badajoz defendeu, há dias, uma solução de ligação de Lisboa a Sevilha em três horas e meia

A ideia não é nova, mas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve voltou a defender esta terça-feira, 24 de Agosto, que é «prioritária» uma nova ligação ferroviária Algarve-Huelva-Sevilha. 

A posição surgiu numa nota enviada à imprensa, poucos dias depois de a Associação Cívica Cidade de Badajoz ter vindo a público apresentar um estudo que pode enviesar o anseio algarvio.

Num artigo do jornal Público, esta associação defende que apenas é necessário eletrificar 200 quilómetros da linha, na Extremadura, para que Sevilha passe a estar a apenas três horas e meia de distância, de comboio, de Lisboa.

Em declarações ao Público, Alejandro Vargas, membro da Associação Cívica Cidade de Badajoz, defendeu que «não estamos a pedir uma obra faraónica, mas sim uma intervenção bastante simples com uma enorme relação custo benefício».

O apoio formal a este posicionamento foi reafirmado no passado dia 18 de Junho, em ato público realizado na Câmara de Comércio de Sevilha, com a presença e subscrição de manifesto pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), presidida por António Miguel Pina, e pela Associação Empresarial do Algarve (NERA), presidida por Vítor Neto.

«Em nosso entendimento, a eletrificação da Linha do Algarve entre Vila Real de Santo António e Lagos, prevista concluir até ao final de 2023, deverá ser acompanhada pela reativação da linha Huelva – Ayamonte e por investimento ferroviário estruturante para o Sudoeste da Península Ibérica, ligando o Algarve à Andaluzia e à rede europeia de alta velocidade», diz a CCDR.

Em paralelo, defende esta entidade, «torna-se necessário avançar com a ligação ferroviária ligeira Faro – Aeroporto – Universidade do Algarve – Parque das Cidades (Loulé), assegurando por parte das Infraestruturas de Portugal, em sede de planos municipais de ordenamento do território, os indispensáveis corredores e usos compatíveis com a aposta no transporte público ferroviário como contributo indispensável para a mobilidade e descarbonização».

Numa sessão realizada no mês passado (Julho), para apresentação do Plano Ferroviário Nacional, esta questão da ligação a Espanha não levantou qualquer divergência entre os vários oradores, entre autarcas, empresários e representantes de movimentos de cidadãos.

«Queremos que seja possível repor na agenda a ligação de alta velocidade entre o Aeroporto de Sevilha e de Faro, o que será estratégico para a região», destacou, por exemplo, José Apolinário, presidente da CCDR do Algarve.

«Pugnamos pelo desenvolvimento do corredor sudoeste ibérico», sendo que «o desenvolvimento deste corredor tem o apoio dos municípios do Algarve e dos empresários e suas associações» o que «reforçará o posicionamento do Algarve e do Aeroporto da região no contexto ibérico e europeu», concluiu, na altura.

 

 



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