Junta de Moncarapacho e Fuzeta quer ver repostas as carreiras da EVA

Autarquia alega que os seus fregueses estão a ser prejudicados. PS/Olhão já respondeu,

A União de Freguesias de Moncarapacho e Fuzeta (UFMF) quer que a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve reponha os horários das carreiras rodoviárias da empresa EVA entre Faro e Vila Real de Santo António, que foram suprimidas.

A entidade pede, ainda, que «a oferta seja reforçada fora dos períodos escolares e ao fim-de-semana».

Os responsáveis por esta autarquia, presidida pelo social-democrata Manuel Carlos, vieram a público denunciar «constantes mudanças» nos transportes públicos que servem a freguesia, que causam «transtornos a quem depende desse serviço».

«Nessas alterações, têm sido suprimidas carreiras, que afetam a mobilidade da nossa população que utiliza os autocarros para as deslocações, principalmente, para Faro e Olhão», alegou a UFMF.

«Esta evidência é maior fora dos períodos escolares, com a oferta a diminuir para menos de metade, e também ao fim-de-semana, em que os utentes residentes na nossa freguesia dispõem apenas de duas carreiras em cada sentido», acrescenta a mesma entidade.

Isto levou a união de freguesias do concelho de Olhão a fazer fez chegar «um protesto ao presidente do Conselho Intermunicipal da AMAL, Dr. António Miguel Pina, manifestando repúdio pela supressão de horários da carreira entre Faro e Vila Real de Santo António, que prejudicam bastante os habitantes».

Este protesto acaba por ser uma espécie de dois em um, já que o socialista António Pina é, igualmente, presidente da Câmara de Olhão, com a qual a UFMF não tem tido a melhor relação.

De resto, na nota de imprensa enviada às redações, os responsáveis pela Junta lembram uma polémica antiga, a alegada «relutância e atitude discriminatória da Câmara Municipal de Olhão em não querer estender à nossa freguesia o Serviço de Transporte Público Urbano do concelho».

A resposta, entretanto, chegou não da AMAL, nem sequer da Câmara de Olhão, mas do PS de Olhão, que considerou que as alegações da União de Freguesias, «não só são desprovidas de qualquer sentido, como revelam um profundo desfasamento da realidade».

«Num período delicado em que vivemos, em que tem sido determinado o recolhimento obrigatório ao fim de semana, depois das 13h00, qual o objetivo do presidente Manuel Carlos em manter os autocarros em funcionamento nesse período?», questionam os socialistas

Na realidade, neste momento, o recolher obrigatório já não está em vigor, mantendo-se apenas a obrigatoriedade de encerramento de cafés e restaurantes e de outros estabelecimentos não essenciais, a partir das 13h00 de sábado e domingo.

O PS alega, por outro lado, que os responsáveis pela UFMF têm «obrigação de saber» que a concessão da EVA pela AMAL «obriga a um número mínimo de tráfego/utilizadores, caso contrário a empresa de transportes tem que ser indemnizada pelos municípios».

«Ora, manter os autocarros em circulação, em pleno, no horário de limitação de circulação de pessoas, não só é ridículo, como desnecessariamente oneroso para os municípios», defende a estrutura partidária.

«Saberá o presidente da União que essa supressão de transporte foi votada favoravelmente pelos autarcas eleitos pelo PSD em Castro Marim, Faro ou Albufeira? Pensa acusá-los também de discriminação?», atirou, ainda o PS/Olhão.

Os socialistas instam a UMFM a procurar «antes soluções, em conjunto com a autarquia, para aquelas que são as necessidades naturais da população».

Deixam, inclusivamente, uma sugestão: «no caso, a considerar-se a necessidade de suprir situações pontuais e urgentes de transporte ou outras, poderia sugerir à autarquia a utilização dos transporte e funcionários da Junta, por exemplo».

 

 



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