Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
banner aljezur sempre

No passado mês de Setembro, atrevi-me a escrever sobre a COVID-19 e, este mês, decidi abordar a mesma temática, mas numa perspetiva diferente.

Como mãe de duas crianças em ambiente escolar, tenho conversado com professores, educadores, outros pais e mães e sinto que existe medo. É compreensível. Também eu sinto receio todos os dias, quando o meu marido as leva para a escola.

Mas, o que podemos nós fazer?

festival do marisco de olhao

Na verdade, podemos fazer muito.

Podemos começar por ser congruentes com os nossos medos. Por um lado, temos medo de levar as nossas crianças para a escola, mas depois não nos importamos de levá-las a festas de aniversário ou a outros convívios sociais, que também nós frequentamos.

Na sexta-feira, 9 de Outubro, a Diretora-Geral da Saúde Graça Freitas afirmou que as confraternizações familiares “têm sido responsáveis por 67% dos casos [de COVID-19] reportados nos últimos dias em Portugal”. 67% é uma percentagem muito elevada que poderia ser evitada, se o nosso “medo” fosse transversal às nossas diversas realidades.

A maioria das creches está bem organizada para receber as nossas crianças em segurança. Não é permitido o acesso dos pais às instalações, há medição de temperatura à chegada e até troca de roupa e de calçado à entrada.

As turmas são mais pequenas e têm horários desencontrados para as refeições e momentos de recreio. A desinfeção regular dos brinquedos e superfícies e a impossibilidade de levar brinquedos de casa evita também o contágio, tendo presente que é impossível restringir ou impor “distanciamento social” aos mais pequenos.

Enquanto pais, temos uma responsabilidade cívica acrescida. Devemos avaliar diariamente o estado de saúde dos nossos filhos e de todos nós que coabitamos com eles.

Há que ficar atento, se a criança (ou algum de nós) tiver febre, tosse, dificuldades respiratórias, ranho, diarreia ou uma redução dos níveis de energia habituais.

E esqueça, por favor, de uma vez, o xarope ou o supositório para baixar a febre antes de deixar a sua criança na escola! É melhor perder um dia de trabalho do que correr o risco do estabelecimento de ensino ser encerrado ou criar um foco de contágio. Não precisamos de viver no medo, mas devemos ser conscientes e cautelosos.

Relativamente à questão da necessidade de utilização de máscaras, o ideal é que, em comunidade, as crianças com mais de dois anos, usem máscaras. A informação sobre o contágio entre crianças ou a intensidade com que sofrem do vírus pode não ser alarmante, mas a ausência de sintomatologia pode levar a que o contágio entre familiares aconteça e isso é algo que devemos evitar. Os avôs e avós agradecem esse nosso cuidado redobrado.

Nas crianças mais velhas, a utilização correta da máscara, a etiqueta respiratória, a desinfeção e lavagem frequente das mãos e superfícies, são essenciais.

Existe medo, angústia e ansiedade. É verdade. Não conseguimos fugir disso, mas podemos viver com responsabilidade, evitar comportamentos irresponsáveis.

Máscaras utilizadas de forma incorreta, máscaras reutilizáveis sem serem lavadas, ocultar sintomatologias e testes positivos, não respeitar o “distanciamento social”, são atos censuráveis, criminosos até.

Podemos não ver o vírus, mas podemos observar os nossos comportamentos e ajustá-los à realidade em que vivemos. Uma realidade de pandemia. Não devemos negar esse facto. Devemos sim, como alguém me disse hoje, “entranhar” o sentimento de respeito pelo Outro.

Nas nossas escolas, nos nossos empregos, nas nossas casas; com amigos ou em família. Só assim, conseguiremos ultrapassar com vida esta realidade que nos apanhou a todos tão desprevenidos.

 

Autora: Analita Alves dos Santos é uma Mãe preocupada com questões ambientais…e não só

 

 

Ajude-nos a fazer o Sul Informação!
Contribua com o seu donativo, para que possamos continuar a fazer o seu jornal!

Clique aqui para apoiar-nos (Paypal)
Ou use o nosso IBAN PT50 0018 0003 38929600020 44

 

 



festival do marisco de olhao

Também poderá gostar

Sul Informação - Investigadores da UAlg facilitam acesso a base de dados sobre doenças complexas

UAlg estreia-se no ranking mundial QS World University Rankings

Sul Informação - Albufeira abre candidaturas para atribuição de 18 fogos em regime de renda convencionada

Albufeira vai ter um “Radar Social”

Sul Informação - PSD, CDS e IL juntam-se à volta de Hélder Martins na coligação “Fazer Melhor” em Loulé

PSD, CDS e IL juntam-se à volta de Hélder Martins na coligação “Fazer Melhor” em Loulé