Obras de 1 milhão de euros ajudam o Museu de Arqueologia de Albufeira a crescer

Cultura

As obras «de continuidade» do Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira, que vão custar 1 milhão de euros, vão começar «dentro de pouco tempo», depois de já terem sido «concursadas e adjudicadas», revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara desta cidade algarvia.

Os trabalhos vão permitir integrar, no espaço do museu, o chamado «quintal da Câmara», que fica nas traseiras e onde existem as ruínas da antiga igreja matriz de Albufeira.

José Carlos Rolo acrescentou, nas suas declarações ao nosso jornal, que será uma «obra difícil, com escavações, num sítio difícil, mas que vai enriquecer patrimonialmente esta zona».

Um dos elementos principais desta ampliação do Museu serão as ruínas da antiga matriz. Idalina Nobre, coordenadora do Museu, admite até a hipótese de transferir para lá as peças (cantarias, fechos de abóbada, etc) da igreja arrasada pelo terramoto de 1755 que hoje estão expostas numa das salas da atual estrutura museológica. «Se vamos recuperar e integrar a ruína, fará todo o sentido transferir para lá este núcleo», disse.

Mas a nova ala do museu irá ainda incluir uma galeria de exposições temporárias, cafetaria, bem como outros espaços de apoio.

«Albufeira não tem muito património construído, pelo que temos de preservar e até redescobrir algum desse património», salientou o presidente da Câmara ao Sul Informação. «Temos de saber mostrar o património construído, em complementaridade com o património natural», acrescentou.

Hoje em dia, «os turistas querem mais do que sol e praia, querem uma experiência completa, e o património construído, o museu, podem proporcionar isso mesmo», disse ainda José Carlos Rolo.

As declarações do autarca foram feitas na reabertura do Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira, depois de um investimento de 350 mil euros na mobilidade física e na acessibilidade intelectual, transformando-o no Museu mais inclusivo do Algarve.