O Olhanense já está trabalhar na elaboração de uma providência cautelar e de «um processo crime contra os decisores da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)», devido à exclusão dos algarvios nas subidas à II Liga.
A FPF, numa decisão que também foi reconhecida, na passada terça-feira, 5 de Maio, pela Liga de Clubes, indicou o Vizela e Arouca, líderes da série A e B do Campeonato de Portugal, como os clubes que sobem à II Liga.
Em causa está o critério de estas serem as equipas com maior número de pontos aquando do cancelamento da competição devido à Covid-19: Vizela (60) e Arouca (58). O Olhanense, que liderava a série D, tinha 57.
O argumento não colhe aceitação da parte dos algarvios. Ao Sul Informação, Luís Torres, presidente da SAD do clube de Olhão, disse que já está a ser elaborada uma providência cautelar, contra a decisão da FPF, «porque os regulamentos não foram respeitados nesta decisão».
«Queremos impedir o reinício da II Liga se não houver uma clarificação desta situação do Olhanense. O nosso escritório de advogados já está a trabalhar com o apoio da autarquia e vamos até às ultimas consequências. Temos tido um apoio a 100% da parte da Câmara», disse.
Para Luís Torres, a decisão de excluir o Olhanense é contraproducente com o que foi decidido «em todos os outros campeonatos», em que os primeiros classificados subiram de divisão. Tal aconteceu, por exemplo, na II Liga (em que o líder Nacional subiu) e em todos os campeonatos distritais.
«Esta é uma decisão que atenta contra a verdade desportiva. Todos os primeiros classificados subiram menos nós e o Praiense, da série C, o que é uma decisão discriminatória», defendeu Luís Torres.
Para os algarvios, a melhor decisão «era jogar um play-off» entre os quatro líderes das séries do Campeonato de Portugal.
«Caso não fosse possível, teriam de subir as quatro ou recorríamos, em último caso, a um sorteio. O que achamos estranho é fazerem-se 90 jogos da I Liga e não se poderem realizar dois jogos, à porta fechada, na Cidade do Futebol», disse Luís Torres.
Em declarações ao nosso jornal, o presidente da SAD do Olhanense garantiu que, se se mantiver esta decisão de excluir o Olhanense das subidas, «vamos refletir bem e o mais certo é deixarmos o futebol».
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