Aproveitar o gosto dos jovens pelas selfies e utilizá-lo para os aproximar do património. Esta é a ideia do projeto “Fotografo-me nos Monumentos Aqui Tão Perto”, que foi apresentado, esta quarta-feira, 19 de Fevereiro, pela Direção Regional de Cultura do Algarve.
Esta iniciativa é o primeiro passo do projeto Harpa, Programa Regional de Educação para o Património, dado a conhecer em primeira mão pelo Sul Informação, e que só estará em pleno funcionamento no próximo ano letivo.
«O Harpa pretende fazer a ligação às escolas na salvaguarda do Património. Será lançado no próximo ano letivo mas, entretanto, vai começar já o concurso de fotografia “Fotografo-me nos Monumentos Aqui tão Perto”, que pretende fazer essa sensibilização para o património construído», explicou aos jornalistas Adriana Freire Nogueira, diretora regional de Cultura do Algarve.
O propósito, segundo a responsável, «é que os jovens se encontrem com o património classificado, ou não. A ideia é que eles escolham os edifícios que entendem como património. Portanto, se há um edifício que eles consideram importante, devem fotografar-se junto ao monumento e será interessante perceber aquilo que os jovens vêem como património».
As fotos serão depois publicadas no Facebook e serão avaliadas por um júri e também pelo público. Os três primeiros classificados, em cada categoria, serão premiados.
Tendo em conta que as fotografias serão partilhadas nas redes sociais, «terá de haver a autorização dos pais. No entanto, pode aparecer apenas um braço, por exemplo. Poderá haver criatividade nesse aspeto», acrescentou Adriana Freire Nogueira.
O “Fotografo-me nos Monumentos Aqui Tão Perto” é uma atividade da Direção Regional de Cultura em parceria com a Delegação Regional de Educação e terá o apoio da FNAC.
Podem participar os alunos do 2º e 3º ciclos e também do ensino secundário. Os trabalhos podem ser entregues até 27 de Março, sendo que o anúncio público dos premiados acontece a 29 de Abril.
Já sobre o projeto Harpa, Adriana Freire Nogueira diz só poder revelar que «escolhemos o tema dos romanos. Terá um tema todos os anos e será trabalhado nas escolas».

Estas iniciativas foram apresentadas durante uma sessão de divulgação do Plano Nacional das Artes, que foi lançado no ano passado pelo Governo.
Representantes de autarquias, associações e escolas estiveram presentes neste evento, que contou com a presença de Paulo Pires do Vale, comissário do plano, que pretende promover «a transformação social, mobilizando o poder educativo das artes e do património na vida dos cidadãos».
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