ARS Algarve fará «o possível e o impossível» para ter Hospital Central em obra até 2023

Paulo Morgado acredita que a obra do Hospital Central do Algarve vai começar ainda nesta legislatura

«Vamos fazer o possível e o impossível para que, nesta legislatura, a obra do novo Hospital Central do Algarve avance», assegurou ontem ao Sul Informação Paulo Morgado, o presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve.

O responsável máximo pela gestão do Serviço Nacional de Saúde na região algarvia prometeu «novidades para o Algarve em 2020, e das boas», relativas ao novo hospital, no mesmo dia em que a ministra da Saúde Marta Temido assegurou que esta infraestrutura começará a ser executada em 2021.

Em declarações exclusivas ao Sul Informação, Paulo Morgado revelou que a entidade que dirige já está a trabalhar «há muito tempo» no projeto do Hospital Central do Algarve.

«Até as coisas serem públicas, há muito trabalho técnico a fazer. Neste momento, já está a ser feito esse trabalho técnico e continuará a ser feito em 2020, para que seja possível, anda este ano, apresentar um calendário com um nível razoável de certeza do desenvolvimento do processo», adiantou.

«Existe um projeto e estudos com cerca de dez anos, que têm de ser atualizados. A realidade e as necessidades mudaram, pelo que esse trabalho terá de ser feito. É este trabalho técnico e a definição, mais política, do modelo da adjudicação e de desenvolvimento do processo, que ainda tem de ser concretizado», explicou Paulo Morgado.

O presidente da ARS salientou, ainda, que a construção do Hospital do Algarve está prevista nas Grandes Opções do Plano para 2020, «na página 212».

De facto, pode-se ler neste documento estratégico que o Governo irá «promover a modernização dos equipamentos de prestação de cuidados do SNS concretizando os projetos em curso, nomeadamente os novos hospitais (Hospital Lisboa Oriental, Hospital Central do Alentejo, Hospitais de Proximidade de Sintra e Seixal, Hospital do Funchal, Hospital do Algarve), e avaliando futuras necessidades».

 

Marta Temido

 

Ontem, a ministra da Saúde tinha garantido aos jornalistas, à margem da cerimónia de homenagem e atribuição do nome do já falecido médico Manuel Santos Serra ao Centro de Saúde de Albufeira, que o processo do novo hospital é mesmo para avançar e já em 2021.

«Aqui no Algarve, onde há tantos anos está anunciada uma nova infraestrutura, temos, em 2020, de planear, de modo a que em 2021 possamos começar a executá-la», afirmou Marta Temido.

No entanto, a governante salientou que, para já, estão em causa estudos e a definição dos diferentes aspetos técnicos ligados ao projeto e ao lançamento da obra, não adiantando uma previsão para o início da obra.

«Como todos sabem, ter um hospital novo demora imenso tempo – quase tanto como formar um profissional de saúde, por vezes mais. Queremos ter essa resposta no mais curto espaço de tempo possível. Mas não são coisas fáceis e estamos a trabalhar», disse Marta Temido.

Quanto a intervenções nas unidades do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), a ministra assegurou que há «um plano de melhoria para as respostas do SNS», nomeadamente de infraestruturas, incluindo no Algarve.

Marta Temido esclareceu as dúvidas sobre os 19 milhões de euros que o Governo prometeu investir no CHUA, entre 2017 e 2019 – «essa é uma pergunta que me fazem muitas vezes» -, revelando que, desta verba, «mais de metade foi, de facto, executada».

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