Prometer casa no Algarve aos médicos «é insistir no erro»

Deputado do PSD José Carlos Barros diz que a medida tem sido repetida ao longo dos anos sem nunca resultar

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Prometer casa aos médicos para que estes reforcem o Serviço Nacional de Saúde do Algarve, durante o Verão, «é insistir no erro», defendeu José Carlos Barros, deputado do PSD eleito pela região algarvia.

O parlamentar veio a público lamentar que a «única medida adicional» prevista no âmbito do reforço do Serviço Nacional de Saúde durante o Verão, no Algarve, seja uma solução que «tem sido adotada em anos anteriores sem quaisquer resultados».

Durante uma audição parlamentar na Assembleia da República, José Carlos Barros questionou Marta Temido, a ministra da Saúde, sobre as medidas que estão a ser tomadas ou a ser desenvolvidas para garantir o reforço das unidades de saúde algarvias, no período estival que vai começar.

A ministra retorquiu, apenas, que «já tinha sido assinado o despacho com incentivos para os profissionais que optem por trabalhar no Algarve durante o Verão», no qual consta a questão do alojamento.

«É difícil compreender esta insistência numa medida que, comprovadamente, não resulta. É insistir no erro. Não será por acaso que a senhora ministra a referiu como num ato de fé, dizendo textualmente que espera que este ano tenha mais sucesso do que nos anos anteriores», criticou José Carlos Barros.

Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, já havia apelidado a medida de «marketing político», em declarações ao Sul Informação, como lembrou o deputado do PSD na sua tomada de posição pública.

Para o deputado social-democrata «a realidade no Algarve tem sido caracterizada por uma penosa degradação das condições de prestação de cuidados de saúde», considerando «preocupante a inexistência de um plano de contingência para o período estival», tendo presente, desde logo, «a especificidade turística da região e os graves problemas com que as unidades de saúde se têm confrontado em anos anteriores durante este período em que a população presente no Algarve quase triplica».

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