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Sul InformaçãoÉ um documento de reivindicação, onde se exige um Algarve ligado aos seus produtos típicos, às suas tradições e respeitador do seu território. Mas o Manifesto das Três Delícias é, acima de tudo, «um desafio à reflexão acerca de futuro do Algarve, que envolva as entidades regionais».

Este manifesto foi lançado no passado sábado, durante um fórum em torno do Pomar Tradicional de Sequeiro, que decorreu no Castelo de Tavira. A iniciativa juntou «mais de meia centena de pessoas», entre as quais produtores algarvios, o que permitiu perceber «as dificuldades e problemas» com que se debatem quem se dedica à produção.

«Neste momento, o manifesto já está online, sob a forma de petição, que acaba por ser a forma mais fácil de o subscrever», revelou ao Sul Informação o arquiteto paisagista Gonçalo Duarte Gomes, que moderou o fórum de sábado.

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O nome do documento remete para o doce típico algarvio feito com figo, alfarroba e amêndoa, três dos mais emblemáticos produtos da região. E é deste trio de delícias que parte um texto reivindicativo, que aborda muitas outras questões, desde o ordenamento do território, à economia regional, passando pelas energias limpas e pela cultura algarvia.

Os autores do manifesto dizem pugnar por «um Algarve inteiro, completo, solidário e feliz, um Algarve reencontrado na contemporaneidade e reconhecível na sua matriz única de atlantismo mediterrânico e um Algarve resiliente, perene e apto para os desafios que o futuro encerra».

Tendo isso em conta, exigem que entidades regionais mandatadas para a defesa dos valores culturais e ambientais do Algarve «acordem da letargia em que se encontram» e tomem «posição relativamente aos processos de descaracterização paisagística e cultural e de delapidação dos recursos e valores naturais que têm vindo a ocorrer nas áreas do urbanismo, da agricultura e do turismo».

Outras exigências que constam neste manifesto são a de criação de cartas de paisagem para o Algarve, de medidas de ordenamento do território que incentivem o repovoamento do interior, uma «economia regional mais justa»,a proteção da dieta mediterrânica, um modelo energético verde e a promoção da cultura algarvia.

O manifesto – como indica o seu nome -, também quer que o sequeiro seja a «matriz algarvia», em detrimento de produtos como o abacate ou a framboesa produzidos em estufas espalhadas pela região.

«Se o doce das três delícias trocar o figo, a alfarroba e amêndoa pelo abacate, pela manga e pela framboesa, talvez continue a ser delicioso. Mas já não será algarvio», lê-se no manifesto.

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