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Sul InformaçãoPara Francisco Amaral, presidente da Câmara de Castro Marim, há uma «política de terra queimada» e mesmo uma atitude «maquiavélica» da parte da oposição. Célia Brito, vereadora do PS na autarquia castromarinense, diz que houve falta de disponibilidade do presidente em dialogar e aceitar sugestões e que o chumbo do Orçamento Municipal, na Reunião de Câmara de ontem, foi «ao procedimento e não ao documento em si».

A Reunião de Câmara de Castro Marim desta segunda-feira, 18 de Dezembro, foi marcada pelo chumbo da proposta de Orçamento Municipal para 2018 (e não só) e abriu uma guerra entre o executivo liderado pelo social-democrata Francisco Amaral e a oposição, que está em maioria, contando com três vereadores neste órgão, contra os dois do PSD.

A dificuldade em fazer passar o documento não surpreende, tendo em conta os resultados das eleições de Outubro, que determinaram a perda de maioria absoluta do PSD na Câmara, mas nem por isso o presidente Francisco Amaral deixou de lançar fortes críticas aos vereadores da oposição.

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«É uma autêntica política de terra queimada. Tiraram-me as competências todas. Até um simples licenciamento tem de ir à Reunião de Câmara, o que está a deixar os serviços saturados, para prejuízo da população. É irracional e irresponsável. Diria mesmo que é maquiavélico», afirmou Francisco Amaral ao Sul Informação.

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O presidente da Câmara de Castro Marim Francisco Amaral (PSD)

Segundo o edil castromarinense, não foi por falta de tentativas da parte do executivo que a oposição não deu contributos para o documento. «Nós, há cerca de um mês, escrevemos à oposição a pedir contributos. Não tiveram tempo para responder. Há 20 dias pedimos para nos sentarmos à mesa para discutir o orçamento. Não tiveram tempo. Depois, pedi-lhes para se pronunciarem e também não tiveram tempo», acusou Francisco Amaral.

Célia Brito defendeu a opção de voto dos socialistas, que contam com dois vereadores na Câmara, tantos como o PSD – o quinto é José Estevens, antigo presidente da Câmara, que concorreu como independente.

«O PS não votou contra o Orçamento em si, votou contra o procedimento adotado pelo presidente da Câmara, que não quis adiar a votação do documento em uma semana, para que a oposição o pudesse estudar e apresentar sugestões. Acho que houve má vontade por parte do executivo», acusou Célia Brito.

A vereadora socialista garantiu que não «era nossa intenção chumbar o documento» e que «certamente» o aprovariam na próxima Reunião de Câmara. «A data limite para aprovação do Orçamento Municipal é o dia 17 de Janeiro, pelo que estávamos totalmente dentro dos prazos legais», acrescentou.

Desta forma, e com a insistência de Francisco Amaral em colocar o documento a votação na reunião de ontem, «nem sequer houve discussão do orçamento». Algo que seria importante para os socialistas, que pretender ver «explanadas no documento algumas das nossas propostas da campanha eleitoral».

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Célia Brito, vereadora do PS na Câmara de Castro Marim

«O Orçamento para 2018 não contemplava o reforço da delegação de competências nas juntas de freguesias nos montantes que nós defendemos, nem prevê o projeto da Casa da Juventude. Mas nem era isso que inviabilizaria a aprovação do documento», assegurou Célia Brito.

Quanto à acusação de Francisco Amaral de não ter tido feedback das suas tentativas de obter contributos da oposição para o Orçamento, a vereadora socialista diz que deixou bem clara a sua posição «numa reunião com o presidente pouco depois das eleições, onde se falou do orçamento» e que Mário Dias, também ele vereador socialista na Câmara de Castro Marim, já tinha enviado, com tempo, um email ao presidente a dizer que o PS precisava de mais tempo para analisar o documento.

Francisco Amaral, por seu lado, acusa os vereadores da oposição de terem como «objetivo paralisar a Câmara». «Formaram uma coligação negativa, só para destruir. É um boicote sistemático», disse.

Desta forma, o presidente de Castro Marim passa a bola para o lado da oposição e fica à espera «que sejam eles a apresentar um orçamento e que o façam aprovar», algo que Célia Brito garantiu que os vereadores da oposição se preparam para fazer.

O Sul Informação também procurou obter a posição do vereador eleito pelo movimento Castro Marim Primeiro, mas não conseguiu chegar à fala com José Estevens até à hora de publicação deste artigo.

 

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