Cinco projetos do Algarve ganham Orçamento Participativo Portugal

Cinco projetos algarvios acabam de vencer o Orçamento Participativo Portugal, cujos resultados foram conhecidos esta quinta-feira, 14 de Setembro. O […]

Cinco projetos algarvios acabam de vencer o Orçamento Participativo Portugal, cujos resultados foram conhecidos esta quinta-feira, 14 de Setembro. O mais votado foi a criação da Hemeroteca Digital do Algarve, com 703 votos, mas também foram escolhidos os projetos “Ecoscience” e “A Minha Praia”. 

Quanto à Hemeroteca Digital, a ideia é disponibilizar todos os jornais e revistas que o Algarve produziu de 1833 até aos nossos dias, em formato digital e de fácil consulta pública.

O rosto do projeto era Luís Guerreiro, presidente da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, recentemente falecido.

O orçamento estimado para este projeto é de 200 mil euros, com um prazo de execução de 24 meses.

Quanto “À Minha Praia” arrecadou, no total, 420 votos. O objetivo é combater o «flagelo» do lixo marinho, criando, para o efeito, uma «rede alargada de monitorização de lixo marinho ao longo da costa Algarvia unindo diferentes intervenientes».

Em concreto, o projeto vai decorrer da seguinte forma: cada escola ou agrupamento vai adotar uma praia da sua área, ficando responsável por monitorizar o tipo de lixo marinho encontrado, mensalmente ou trimestralmente».

Estas ações devem «ser apoiadas pelos Municípios, fornecendo o transporte dos estudantes escola-praia-escola, assim como o material necessário para as limpezas (sacos e luvas reutilizáveis) e tratando do encaminhamento dos resíduos não plásticos». A proponente do projeto é Carla Lourenço, bióloga marinha, e responsável por outra iniciativa relacionado com esta temática: o Straw Patrol.

Quanto ao orçamento é de 39 mil euros. A duração da fase prévia é de seis meses e do projeto no total é de um ano.

De seguida, surge o projeto “Festa da Nossa Senhora dos Navegantes: quando imagens e gentes fazem uma romaria sobre as águas”, cuja proponente é Carla Maria Miranda de Almeida, que arrecadou 150 votos.

A ideia é promover aquela festa da Culatra enquanto património cultural imaterial e identitário daquela ilha-barreira. O investimento será de 50 mil euros, com o projeto a ficar pronto em 18 meses.

Já a quarta ideia mais votada foi a de Dulcineia Fernandes, “Ecoscience”, que reuniu 137 votos e pretende promover a literacia científica da população.

A proposta pretende «aproveitar recursos humanos científicos da região, nomeadamente biólogos, químicos, físicos, engenheiros e todos aqueles ligados à ciência, ambiente e sustentabilidade, formando um núcleo móvel que leve às populações o conhecimento através de atividades técnico-práticas, pequenos congressos e até passeios».

Por outro lado, a ideia também é «desenvolver um núcleo físico (sede) que possa trazer e mobilizar os interessados nomeadamente escolas e associações a realizar essas ações».

O orçamento é de 36 mil euros, não contemplando o desenvolvimento do núcleo físico. A duração da fase prévia é de seis meses e do projeto no total é de um ano.

Com 117 votos surge, ainda, o “Guia do Parque”, de Sofia Vieira. A ideia aqui é dar uma ação de formação para adultos, que assegure que cada um possa vir a ser um “guia local”, nos municípios de Vila do Bispo e Aljezur, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, de forma a desenvolver a zona.

Para tal, é necessário «aproveitar a riqueza histórica e natural da zona, para potenciar a oferta turística e o emprego, designadamente, na área das atividades marítimas (pesca, apanha de perceves), passeios pedestres e em bicicleta, observação de aves e da flora, bem como a importância do Promontório de Sagres na história dos Descobrimentos».

A ação deverá ter um custo de 60 mil euros e a duração de seis meses, iniciando-se em Maio de 2018.

Restam, ainda, mais dois projetos com implicações para o Algarve. São eles a “Cultura para todos” e “Tauromaquia, património cultural de Portugal”. O primeiro prevê a criação de um programa que incentive a doação de livros em boas condições por parte de pessoas singulares a bibliotecas públicas, assim como a oferta de um cheque cultura a todos os jovens que completem 18 anos e que lhes permita o acesso gratuito a museus e espaços culturais durante um ano.

O orçamento é de 200 mil euros, com um período de concretização de 18 meses.

Quanto ao projeto da tauromaquia, quer «dar início ao processo de inventariação e classificação dos elementos relevantes que caracterizam a cultura tauromáquica (registo no inventário nacional do PCI), implicando o trabalho de especialistas».

O projeto terá a duração de 24 meses e tem um investimento de 200 mil euros.

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