Rede «EuroVelo» quer passar pelo Algarve e resolver «problemas» da Ecovia do Litoral

O Algarve quer ser um dos pontos de passagem da rede europeia «EuroVelo», que pretende criar 1650 quilómetros de rotas […]

A secretária de Estado Ana Mendes Godinho, na frente do pelotão
A secretária de Estado Ana Mendes Godinho num passeio pela Ecovia do Litoral

O Algarve quer ser um dos pontos de passagem da rede europeia «EuroVelo», que pretende criar 1650 quilómetros de rotas cicláveis em toda a Europa. O primeiro esboço das secções deste via previstas para a região foram dadas a conhecer durante o debate  «Novas Formas de Turismo», que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Faro, no passado dia 31 de Outubro.

A aposta forte no nicho de Cycling & Walking tem sido apontada como uma forma de ajudar a esbater a sazonalidade e garantir que o Algarve conta com mais turistas, todo o ano. E se, ao nível das caminhadas, há já infraestruturas com boas condições, como a Rota Vicentina, a Via Algarviana e a Grande Rota do Guadiana, na vertente ciclável ainda há «problemas a resolver», nomeadamente na Ecovia do Algarve, que tem falhas na ligação entre percursos e entre concelhos, segundo Filipe Beja, do projeto «EuroVelo» em Portugal.

Filipe Beja, do projeto «EuroVelo».
Filipe Beja, do projeto «EuroVelo».

Os problemas da Ecovia também já haviam sido reportados pela secretária de Estado do Turismo Ana Mendes Godinho num passeio de bicicleta que fez no mês passado num troço dessa via ciclável e que o Sul Informação acompanhou. Agora, a inclusão na «EuroVelo» pode ser a forma de corrigir aquilo que não está bem.

No âmbito deste projeto, prevê-se que passem pelo Algarve quatro secções de 50 a 80 quilómetros, cada uma: a 4, de Sagres a Aljezur, a 3, de Portimão e Sagres, a 2, da Quinta do Lago a Portimão, e a 1, de Vila Real de Santo António à Quinta do Lago, como pode ver aqui. O objetivo é sempre «respeitar a natureza e as propriedades naturais» e conseguir juntar famílias «desde o mais velhote, ao mais novo».

O Cycling and Walking, bem como a cultura e o património natural, são três eixos importantes para se conseguir novas formas de turismo para o Algarve, na visão de Ana Mendes Godinho, que participou no debate. A secretária de Estado do Turismo lembrou aquilo que tem sido feito, recentemente, no sentido de consolidar esta oferta, dando como exemplo o programa 365 Algarve, acrescentando que é preciso «mostrar mais do que o habitual».

Ainda assim, a aposta no sol e praia, que continua a ser a área que mais turistas traz ao Algarve, é também para «continuar», realçou a secretária de Estado, que acredita que conjugando diferentes ofertas «estamos a conseguir alargar a oferta a todo o ano», na região.

O debate «Novas Formas de Turismo», integrado nas comemorações dos 30 anos de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia, contou também com as presenças de Hortense Martins, deputada pelo PS, Cláudia Monteiro de Aguiar, deputada no Parlamento Europeu, Pedro Costa Pereira, Diretor Geral dos Assuntos Europeus, Paula Vicente, diretora da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, e Filipe Beja, do projeto «EuroVelo» em Portugal.

 

Veja aqui algumas fotos deste debate:

Fotos: Pedro Lemos|Sul Informação

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